Quando falamos de equipes de coordenação nunca é demais enfatizar que se trata de uma tarefa importante para o bom êxito da ação catequética. Trata-se de um serviço prestado à Igreja e que envolve, em muitos casos, trabalho voluntário que demonstra a consciência de homens e mulheres que se sentem chamados a servir a Igreja.
No contexto atual da catequese, impulsionada pela reflexão da Iniciação à Vida Cristã, se torna cada vez mais necessário o trabalho das equipes de coordenação, pois não podemos pensar a atividade catequética sem cuidado e planejamento, não se pode “deixar acontecer”.
É justo que nos perguntemos sobre as atribuições da coordenação, mas antes é importante insistir na necessidade de compreender a estrutura organizativa da catequese como um trabalho em equipe e que faz parte da própria organização da Igreja local. Ainda que seja mais comum se pensar em apenas uma pessoa que assume a função de coordenar, os documentos e a prática de muitas dioceses têm apresentado a compreensão de um processo organizativo, pensado e realizado em equipe. Por isso mesmo, onde se tem o costume de nomear uma única pessoa para essa tão importante missão, o coordenador é chamado a formar uma equipe. Ainda que essa não seja exigida ou explicitamente nomeada, pois a compreensão do trabalho em equipe ajudará a perceber que coordenar vai além de estabelecer datas e propor atividades, as equipes serão responsáveis por organizar e ajudar a catequese acontecer.
Outro dado a ser considerado é o fato de que a organização da catequese “está unida à consciência evangelizadora da Igreja, à situação missionária do cristão no mundo e ao reconhecimento do caráter comunitário como elemento fundamental da catequese” (LÒPEZ, 2004, p. 837). Por isso a coordenação pode ser apresentada como resposta à necessidade de organização em vista de uma caminhada coerente e unitária.
Sobre a obra:
Coordenação na Catequese
Débora Regina Pupo
Este livro foi escrito pensando no coordenador de catequese e também no catequista de base. O conteúdo desta obra contribui, com suas reflexões e roteiros de estudo, para ajudar a refletir sobre o perfil e missão da coordenação. O livro também é um instrumento de formação para catequistas, pois seu conteúdo e proposta de vivências podem ser adaptados a diversos grupos, conforme a necessidade de cada realidade. O importante é refletir a prática a partir da inspiração da vocação de ser catequista.
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