Olá! Que bom reencontrar vocês!

Estamos na semana em que se comemora o Dia internacional da Mulher. Pois bem, ao invés de exaltar a presença feminina na catequese, quero lhes mostrar a obra de uma catequista, mulher, leiga, que se dedica com paixão à missão de anunciar o Evangelho e tornar o “Reino de Deus presente no mundo” (EG, 176). Falo da minha amiga e irmã Flávia Carla Nascimento.
A Flávia acabou de lançar um livro pela Editora Vozes: Caminhos...para uma catequese querigmática e mistagógica. Nessa obra a autora escreve a partir de sua experiência de encontro com o Mestre Jesus e de sua opção pelo discipulado missionário na comunidade eclesial. Dá gosto ver mulheres assim decididas!
A experiência que a autora tem em sua longa caminhada catequética se reflete nas páginas de uma obra destinada à formação de catequistas. O testemunho de vida da Flávia nos aponta uma verdade: as mulheres que se dedicam à catequese, o fazem com todo o seu ser. São intensas e responsáveis e se tornam educadoras na fé em todas as suas dimensões. Pois vencem estereótipos e se lançam em um espaço muitas vezes marcado pelo preconceito e pela exclusão.
Além de catequista, escritora, a Flávia é também coordenadora de catequese na Diocese de Ponta Grossa (PR), uma figura de autoridade, chamada a decidir, orientar, cuidar, corrigir, conduzir. Como uma discípula, formada na escola do Mestre de Nazaré, ela nos ajuda a entender que é possível ser forte, sem perder a doçura. E isso não é por ser mulher, mas por ter sua espiritualidade alicerçada na Palavra e os pés bem firmes no chão.
A Flávia e com ela todas as catequistas, me fazem recordar da Castanheira, minha amada Castanheira, que me remete à memória de minha mãe. Minha primeira catequista, aquela que me formou na fé e me ensinou a ser humana e uma pessoa de valores.
Na imagem das mulheres catequistas desejo homenagear a vida. Na pessoa da Flávia abraço as coordenadoras, leigas e religiosas, espalhadas por esse Brasil e que assumem o desafio de fazer acontecer a iniciação à vida cristã, como uma nova dinâmica pastoral e catequética.
Avante, Mulheres catequistas! Avante! O Senhor nos envia e segue conosco, nos dando a certeza de que não estamos sozinhas, pois ao nosso lado temos irmãs de gênero que, na sororidade da vida, seguem conosco. Que nos ajudemos a realizar em nossa vida a história do oleiro (Jr 18, 1-6), que sejamos como barro nas mãos do oleiro divino, para sermos moldadas por Ele.
Que possamos nos abraçar e sustentar nessa bela missão de anunciar o Evangelho.
Fiquem em paz, irmãs todas!

Débora Pupo é Coordenadora Regional da Dimensão Bíblico-Catequética do Regional Sul 2, da CNBB e autora da coleção "Crescer em Comunhão" e dos livros: "Catequese... Sobre o que estamos falando mesmo?" e "Celebrações no Itinerário Catequético... Sobre o que estamos falado?", todos publicados pela Editora Vozes. Bacharel em Teologia, pela Faculdade Missioneira do Paraná, a colunista também é mestre na mesma área, formada pela Pontifícia Universidade Católica (PUC) de Curitiba, tendo como título de sua dissertação: "Iniciação Cristã e Catequese com adultos: um caminho para o discipulado".
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