Olá, catequistas!
Estamos vivendo o tempo do Advento, tempo de espera, de preparo para celebrar o Natal do Senhor. Essa espera nos recorda um grande mistério: a Encarnação do Filho de Deus, que se fez um de nós para nos revelar a grandeza do amor do Pai!
Com certeza em suas casas, capelas, oratórios, igrejas, já se encontram montados os presépios, decoradas as árvores, símbolos natalinos, luzes, presentes, tudo já nos coloca no clima do Natal. E é assim que deve ser, mesmo que 2020 tenha sido tão difícil e marcado pela tragédia da pandemia, mesmo assim somos convidados a celebrar a pequenez do Menino que nos lembra a grandeza do Deus.
Diante dos símbolos do Natal me vem ao coração uma frase do livro O Pequeno Príncipe (sim, ele não podia faltar!): “Só se vê bem com o coração – disse a Raposa – o essencial é invisível aos olhos”. Sim, diante dos símbolos do Natal o essencial não pode ser captado “a olho nu”, é preciso abrir o coração para entender a grandeza do mistério que celebramos.
Talvez, para muitos, esse seja um Natal triste, solitário, saudoso. Com certeza, muitos celebrarão a gratidão de, mesmo com dificuldades, ainda ter ao seu redor pessoas amadas e sentirem a segurança que falta para muitos. Independentemente de sua situação, desejo que você, neste Natal, possa abrir seu coração e enxergar para além dos símbolos. Ver para além dos enfeites e das decorações, escutar para além dos sinos e badalos, falar para além das palavras.
Desejo que nesse Natal seu coração se abra para o amor que visita a terra e nos recorda que o dom maior é a capacidade de doar-se. Que o grande mistério do Natal não diz respeito a um mês, ou a um dia, mas que perdura pela vida, pois o Natal é mero cintilar da luz ofuscante da Encarnação. Que ao olhar para o presépio você se recorde que Jesus, “existindo em forma divina, não considerou um privilégio ser igual a Deus, mas esvaziou-se, assumindo a forma de servo e tornando-se semelhante ao ser humano” (Fl 2, 6-7).
Mas para alcançar o mistério escondido no pequeno que se deita na manjedoura, é preciso lembrar do conselho da Raposa ao Principezinho: “Só se vê bem com o coração, o essencial é invisível aos olhos”. Não tenha medo! Abra seu coração, feche seus olhos e deixe que a luz do Mistério da Encarnação do Verbo, irradie seu ser e lhe faça ser luz no mundo.
Feliz Advento. Santo Natal. Venturoso 2021!
Débora Pupo é Coordenadora Regional da Dimensão Bíblico-Catequética do Regional Sul 2, da CNBB e autora da coleção "Crescer em Comunhão" e dos livros: "Catequese... Sobre o que estamos falando mesmo?" e "Celebrações no Itinerário Catequético... Sobre o que estamos falado?", todos publicados pela Editora Vozes. Bacharel em Teologia, pela Faculdade Missioneira do Paraná, a colunista também é mestre na mesma área, formada pela Pontifícia Universidade Católica (PUC) de Curitiba, tendo como título de sua dissertação: "Iniciação Cristã e Catequese com adultos: um caminho para o discipulado".
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