Hoje, ser moderno é mudar constantemente. As empresas empreendem continuamente processos de mudança e de reestruturação. E os indivíduos são igualmente de opinião que eles precisam mudar incessantemente. Contudo, conheço diversas pessoas que há anos encontram-se em processo de mudança, mas permanecem sempre as mesmas. A razão é que, segundo elas, deveriam ser pessoas completamente diferentes. Na ideia de alteração, oculta-se algo agressivo: luto contra mim mesmo a fim de ser totalmente diverso.
A resposta cristã à mudança é conversão, que é mais branda. Ela diz: tudo o que existe, pode existir. Dignifico-me como me tornei. Todavia, sinto que o essencial ainda não veio à tona. A imagem singular que Deus idealizou para mim, minha natureza mais íntima, deveria resplandecer através de tudo o que sou e me determina. Não devo ser totalmente outra pessoa, mas tornar-me o que verdadeiramente estou destinado a ser, o que corresponde à minha mais profunda vocação.
O arquétipo da conversão é a história bíblica da Transfiguração. Sobre a montanha, durante a oração, brilhou repentinamente a verdadeira natureza de Jesus, seu esplendor divino, através de sua face. Às vezes, na oração, também chegamos a entrar em contato com nossa verdadeira natureza. Então sentimos como um lampejo, como uma clara luz. Eis que, de repente, por um momento, temos clareza do que somos. Essa experiência é repetidamente obscurecida pela névoa do cotidiano, mas deveríamos confiar nessa experiência interior.
Sobre a obra:
Nesta obra, Anselm Grün e o experiente executivo Stefan Müller ajudam a fazer uma pausa e descobrir, a partir das experiências pessoais no percurso da vida até agora, os talentos e capacidades que constituem nossa personalidade. Assim, podemos reorientar-nos e ter a coragem de partir rumo a uma vida profissional satisfatória.
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