Histórico de Devoção
Nossa Senhora das Dores é uma das representações de Maria que demonstram toda a dor que Nossa Senhora sentiu ao ver seu Filho crucificado. Ela é invocada também como Nossa Senhora da Piedade, Nossa Senhora das Angústias, Nossa Senhora das Lágrimas, Nossa Senhora das Sete Dores, Nossa Senhora do Calvário ou ainda Nossa Senhora do Pranto.
Em 15 de setembro, data da celebração de Nossa Senhora das Dores, relembram-se todos os sofrimentos de Nossa Senhora, especialmente as sete dores principais que ela sofreu durante a vida, paixão e morte de Jesus:
• as profecias de Simeão sobre Jesus (Lc 2,34-35)
• a fuga da Sagrada Família para o Egito (Mt 2,13-14)
• o desaparecimento do Menino Jesus durante três dias (Lc 2,42-49)
• Maria encontra com Jesus no caminho para o Calvário (Lc 23,26-27)
• Maria observando o sofrimento e a morte de Jesus na cruz (Jo 19,25-27)
• Maria recebe o corpo do Filho tirado da cruz (Mt 27,55-61)
• Maria observa o corpo do Filho a ser depositado no Santo Sepulcro (Lc 23,55-56)
A invocação a Nossa Senhora das Dores data do século XVIII, e sua imagem aparece algumas vezes com o coração trespassado por uma espada; outras, por sete punhais, mas toda a sua fisionomia exprime agonia e resignação.
No Brasil, o culto a Nossa Senhora das Dores chegou primeiramente a Vila Rica, onde era realizado o septenário das Dores. Durante sete sextas-feiras, a começar da sexta-feira que antecede o carnaval até a Semana da Paixão, relembravam-se as dores de Maria. As pessoas trajavam-se de preto e o altar de Nossa Senhora das Dores era muito ornamentado.
No Brasil existem cerca de 116 paróquias dedicadas a Nossa Senhora das Dores, que é padroeira de Porto Alegre. Segundo uma lenda, um rapaz apaixonou-se por uma jovem e esta exigiu dele uma prova de amor: que ele lhe presenteasse com o colar da imagem de Nossa Senhora das Dores. Ele tentou dissuadi-la, mas acabou cedendo e roubando o colar da imagem.
Alguns dias depois, um pedreiro escravo, de nome José, foi acusado do roubo e condenado à morte. Várias pessoas estavam presentes para assistir ao enforcamento do ladrão do colar de Nossa Senhora. Assim que o carrasco passou o nó em volta do pescoço do condenado, as pessoas ouviram as últimas palavras dele: “Sou inocente e a prova disso é que as torres da Igreja de Nossa Senhora das Dores, antes de ficarem prontas, hão de cair três vezes”.
Ao receber o colar, a moça não se interessou mais pelo rapaz e ele foi visto próximo ao local da forca, corroído pelo remorso e depois ninguém ouviu falar mais dele. Depois de cinco meses do enforcamento do inocente, as duas torres da igreja, quase concluídas, despencaram, e isso levou as pessoas a pensar nas palavras do condenado. Dizem que D. Pedro II, atento a esse fato, extinguiu a pena de morte no Brasil.
Nossa Senhora das Dores geralmente é retratada de pé, com a fisionomia angustiada, vestida geralmente de roxo e envolvida com um manto que lhe cobre a cabeça e os pés. Aparece com o peito atravessado por uma espada ou sete punhais, uma das mãos apertando o coração e a outra estendida em sinal de desolação.
Sobre a obra:
Autor: Elam de Almeida Pimentel
Nossa Senhora das Dores é uma das representações de Maria que demonstram toda a dor que ela sentiu ao ver seu Filho crucificado. Nossa Senhora das Dores, ajuda a quem se abala com os sofrimentos físicos e morais e com quem padece de alguma acusação injusta.
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