Muitas pessoas de fé livraram-se do demônio fazendo
o “sinal da cruz” na hora da tentação. São Geraldo Magela
é um deles. Certa vez alguém o cercou junto a uma floresta.
O santo fez o sinal da cruz e apresentou o crucifixo, invocando
o poder de Deus. Imediatamente aquele bandido o deixou.
Conta-se também que o famoso Constantino, imperador
de Roma, teve um dia esta visão: viu no céu uma cruz
com a inscrição: “Com este sinal vencerás”. Aí o imperador
se converteu ao Cristianismo.
É bom lembrar que a cruz, para nós cristãos, não é mais
aquele instrumento de morte e humilhação. É a “cruz gloriosa”
do Cristo Ressuscitado, que venceu a morte.
Durante o Canto de Entrada, o padre que preside a Missa, acompanhado dos Ministros ou Acólitos, dirige-se para o altar. Faz uma inclinação profunda e depois beija o altar. O beijo tem um endereço: não é propriamente para o mármore ou a madeira do altar, mas para o Cristo, que é o centro de nossa piedade. Essa procissão de entrada convém que seja solene, passando pelo meio do povo, especialmente nos dias festivos.
Em seguida o padre dirige-se para as cadeiras, que ficam diante do altar ou junto à estante, ao lado. Aí o Presidente faz o sinal da cruz e todo o povo faz com ele, mas sem dizer palavras. Responde, isto sim, o Amém.
Essa expressão “Em nome do Pai e do Filho e do Espírito Santo”, tem um sentido bíblico. Não quer dizer apenas o “nome”, como para nós, ocidentais. “Nome”, em sentido bíblico, quer dizer a própria pessoa. Isto significa que nós iniciamos a Missa colocando a nossa vida e toda a nossa ação nas mãos da Santíssima Trindade.
Esse “sinal” lembra o nosso Batismo, quando o padre nos chamou cada um pelo nome e nos disse: “Nós te recebemos com grande alegria na comunidade cristã. Nosso sinal é a cruz de Cristo. Por isso, eu, teus pais e padrinhos, te marcamos agora com o sinal do Cristo Salvador!” Em seguida faz o sinal da cruz na fronte do batizando.
Precisamos fazer corretamente o sinal da cruz. É uma coisa muito significativa. Quer dizer que nós colocamos a nossa vida debaixo da proteção de Deus e passamos a agir com o poder do Pai, do Filho e do Espírito Santo. Há gente que faz o sinal da cruz com um sentido de magia e superstição. Nem fazem direito a cruz: fazem uma caricatura, como se estivessem espantando moscas. Às vezes o fazem com vergonha de serem vistos.
Lembramos que não é preciso beijar a ponta da mão nem fazer o sinal da cruz na hora de comungar, ou quando se faz a genuflexão. Se vivermos bem o sentido do sinal da cruz, começamos a ser mais santos.
Sobre o livro:
Este livro vem resgatar a riqueza da Celebração Eucarística, indo à sua origem e mostrando o significado de cada parte. Quer mostrar que a Missa não é simplesmente o cumprimento de um preceito, mas o feliz encontro com Deus. Traz histórias que tornam a leitura atraente, e um questionário que ajuda a gravar o ensinamento.
Sobre o autor:
Pe. Luiz Cechinato nasceu em Leme, SP, aos 27/07/1931. Estudou no Seminário de São Carlos, SP, de 1949 a 1954. Cursou Filosofia e Teologia no Seminário Central do Ipiranga, em São Paulo, de 1955 a 1961. Foi ordenado presbítero aos 24/12/1961. A partir de 1962 exerceu intensa atividade como pároco em Bariri e Itaju, e na Diocese de São Carlos como pároco da Catedral e vigário-geral. É autor de diversos livros, dentre os quais destacamos: Conheça melhor a Bíblia; Escola Bíblica vols. III e IV e Orações e mensagens. Faleceu em abril de 2017.
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