“Queremos ser uma Igreja sinodal”: o que isso significa?
- Redação
- há 14 minutos
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No seu primeiro discurso na Praça de São Pedro, o Papa Leão XIV tocou em um ponto que ecoa fortemente no coração da Igreja atual:
“Queremos ser uma Igreja sinodal, uma Igreja de escuta, de acolhida e próxima especialmente dos que sofrem.”
Mas o que significa ser uma Igreja sinodal? Como isso toca a nossa vida de catequese, de comunidade e de paróquia?

O que é sinodalidade?
A palavra sinodalidade vem do grego syn (junto, com) + hodos (caminho, estrada).
Ser sinodal significa caminhar juntos — bispos, padres, religiosos, leigos, jovens, idosos, mulheres, homens, famílias, todos.
No livro Sinodalidade, aprendemos que não se trata apenas de fazer reuniões ou consultas, mas de adotar um estilo de Igreja que:
Ouve todos, sem excluir ninguém;
Valoriza a diversidade de dons e carismas;
Procura o discernimento comunitário à luz do Espírito Santo.
Catequese e sinodalidade: formando discípulos para caminhar juntos
O título Catequese e sinodalidade mostra que a catequese não é só um “ensinar doutrina”, mas um espaço vivo onde todos podem participar, questionar, partilhar experiências e crescer na fé juntos.
Por exemplo:
As crianças não são só ouvintes, mas protagonistas, trazendo suas perguntas e descobertas;
As famílias não são apenas acompanhantes, mas parceiras reais no processo;
Os catequistas não são donos da verdade, mas irmãos que caminham junto, atentos ao Espírito.
Por uma paróquia sinodal: renovando nossas comunidades
A obra Por uma paróquia sinodal nos convida a olhar para as nossas comunidades e perguntar: estamos realmente abertos à participação de todos?
Uma paróquia sinodal:
Cria espaços de escuta para jovens, idosos, famílias;
Não concentra decisões apenas no pároco, mas envolve lideranças e assembleias;
Vai ao encontro das periferias, das dores e das alegrias do povo.
O desafio para nós hoje
Quando o Papa fala de uma Igreja próxima especialmente dos que sofrem, ele nos chama a sair da zona de conforto. A sinodalidade não é um luxo teórico, mas um chamado a ser Igreja com os pobres, os marginalizados, os que mais precisam de esperança.
Vamos refletir:
Como estamos ouvindo as vozes das crianças, adolescentes e famílias?
Como podemos tornar nossos encontros mais participativos e menos “prontos”?
Como estamos ajudando os catequizandos a perceber que fazem parte de uma Igreja viva?
Vamos caminhar juntos!
O Papa Leão XIV nos dá uma direção: uma Igreja sinodal não é perfeita, mas está sempre em movimento, aprendendo, ouvindo, discernindo.
Que na catequese, também sejamos agentes dessa transformação, criando espaços vivos de fé, escuta e missão.
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