4º Domingo do Tempo Comum | Mt 5,1-12a
Vivemos o 4º domingo do tempo comum. O Evangelho deste dia é das bem aventuranças. Elas estão no início do capítulo cinco (5) de São Mateus e são a porta de entrada do Sermão da Montanha (Mt 5-7). Elas são um programa de vida, para trazer felicidade plena a quem adere à boa nova de Jesus, que sentado, Ele ensina aos seus discípulos.
Como Bom Pastor, Jesus é próximo das suas ovelhas. Vendo aquela numerosa multidão, sobe ao monte, senta-se e catequiza o povo faminto de palavras de vida eterna. O ensinamento que Jesus oferece é um programa de vida. É uma proposta de felicidade. As bem aventuranças são orientações para seguir no caminho de santidade. A felicidade já não estar em somente meditar a lei de Javé dia e noite, mas felizes são as pessoas pobres, as que têm fome e sede de justiçam.
Essa promessa de felicidade não é para depois da morte. Jesus fala da felicidade nesta vida. Isso porque ser feliz deve ser a meta mais importante na vida de todos nós. Tão importante que desejamos, de maneira muito frequente. Desejamos votos de felicidade nos aniversários, no início de cada ano, na mudança de trabalho, no casamento, no nascimento de um filho e tantas outas realidades.
A sociedade de consumo diz que a felicidade é uma meta imediata de nossas buscas exteriores. Mas esta felicidade é passageira, pois quando a alcançamos, invade, de novo, a insatisfação, a inquietude e, novamente, temos sede de busca. As bem aventuranças nos ensinam que não encontraremos a felicidade no exterior. É algo que vem de dentro do ser da pessoa. A felicidade já não estar em somente meditar a lei de Javé dia e noite, mas felizes são as pessoas pobres, as que têm fome e sede de justiça. Essa promessa de felicidade não é para depois da morte. Jesus fala da felicidade nesta vida.
Diante dessa realidade da vida precisamos nos questionar: em que a proposta evangélica de felicidade nos diz hoje? Vivemos a felicidade a partir de dentro de nós ou ela vem a nós através das coisas externas de nossa vida?
Na experiência de fé de muitas pessoas, o seguimento a Jesus, muitas vezes, não se associa com a ideia de felicidade. Muitos buscam a felicidade nas coisas. O mais importante é o ter e não o ser. Predomina, em certos ambientes, ou até em alguns grupos cristãos, uma doutrina dolorida e uma catequese afastada da busca humana da felicidade.
Diante de tal situação, Jesus, no texto evangélico, afirma categoricamente: “Felizes sois vós!” que entendem a vida a partir desse caminho que Ele propõe. Que possamos, então, encontrar o sentindo para nossa vida, através de nossa vida interior, manifestada em ações concretas, no exterior de nossa existência.
Pe. Almerindo da Silveira Barbosa, formado em Filosofia e Teologia, pela Pontifícia Universidade Católica (PUC) de Minas Gerais, o colunista também possui especialização em Ensino Religioso, pela Faculdade do Noroeste de Minas (FINOM), e em Teologia Pastoral, realizada na Faculdade Jesuíta de Filosofia e Teologia, em Belo Horizonte. Pe. Almerindo é coautor da coleção “Deus Conosco” e do livro Quem é esse Jesus e autor da obra A missa – Conhecer para viver, também publicado pela Editora Vozes.
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