Pe. Almerindo da Silveira Barbosa
4 º Domingo de Páscoa | Jo 10,1-10
No Evangelho deste quarto domingo da Páscoa, Jesus se revela como a porta. Quem não passar por ela, não chegará às águas repousantes, nem conseguirá descansar. Só em Jesus, o Bom Pastor, que se descansa e refaz as forças.
Chamar, escutar, conduzir, caminhar, sair, seguir, conhecer, são verbos significativos no texto do Evangelho e, mais ainda, no processo de seguimento ao discipulado. Jesus nos chama, escutamos sua voz. Ele nos conhece pelo nome e é companheiro de caminhada. Ele nos pede que saiamos de nós mesmo, para segui-Lo na proposta que apresentou aos homens.
Quero deter-me em um dos verbos contidos no texto, que é o verbo CONHECER, para que possamos crescer na intimidade com o Senhor. Jesus nos conhece e nos chama pelo nome, porque nos ama infinitamente. Ele tem intimidade conosco!
Antes mesmos de sermos gerados, Deus já nos conhecia. Quando ainda éramos informes e nem tínhamos sidos pensados pelos nossos pais, Deus já nos amava. Antes que viéssemos ao mundo, Ele já nos chamava pelo nome, porque somos frutos das entranhas de seu amor inteiro e infinito.
É algo profundamente significativo, porque ao ouvirmos Jesus dizer no Evangelho que nos conhece pelo nome, Ele está dizendo quem tem um amor pessoal por nós. Isso é consolador! Jesus nos ama de tal forma, que nos conhece individualmente e nos chama pelo nome. Para cada pessoa Ele tem um amor único. Não divide o amor. Ele nos doa por inteiro.
Sabemos que o conhecimento não se faz na distância. Quando uma pessoa se distancia de nós, vamos perdendo a capacidade de reconhecer sua voz. Para se ter conhecimento é necessário que tenhamos uma intimidade. Só reconhecemos a voz de uma pessoa, quando ela participa do nosso cotidiano. Essa mesma pessoa, quando se distancia, acaba nos confundido ao nos falar. Assim é Jesus para conosco. Assim somos nós para com Jesus.
Só se conhece Jesus quando se tem uma íntima união com Ele. Para conhecer profundamente a Jesus, precisa-se dedicar tempo, ao longo do dia, na sua presença. Conhecer é travar uma amizade profundamente pessoal e próxima, de coração a coração.
As ovelhas de Jesus conhecem sua voz, porque tem intimidade e amizade verdadeiras com Ele. Por isso elas não seguem a voz de pastores estranhos. Diante dessa verdade cabe-nos fazer um questionamento: E nós, conhecemos a Jesus como Ele nos conhece? Temos, com Ele, a mesma intimidade, profunda e verdadeira, que tem para conosco?
Nesta semana do Bom Pastor, peçamos a Jesus, que tenhamos a capacidade de sentir-nos conhecidos, amados e chamados pelo nome e, penetrados por seu olhar amoroso, possamos escutar sempre a sua voz e seguir suas orientações, para chegarmos nos prados e campinas verdejantes, com vida em abundância.
Sobre o autor:
Pe. Almerindo da Silveira Barbosa, formado em Filosofia e Teologia, pela Pontifícia Universidade Católica (PUC) de Minas Gerais, o colunista também possui especialização em Ensino Religioso, pela Faculdade do Noroeste de Minas (FINOM), e em Teologia Pastoral, realizada na Faculdade Jesuíta de Filosofia e Teologia, em Belo Horizonte. Pe. Almerindo é coautor da coleção “Deus Conosco” e do livro Quem é esse Jesus e autor da obra A missa – Conhecer para viver, também publicado pela Editora Vozes.
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