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Reflexão do Evangelho: Maria guardava os fatos em silêncio | Lc 2,16-21

Redação

Solenidade de Santa Maria | Lc 2,16-21



Neste primeiro dia e domingo do ano, celebramos a solenidade de Santa Maria, Mãe de Deus. Esta verdade de nossa fé, foi proclamada no século IV, no Concílio de Éfeso. Maria é Mãe de Deus, porque gerou o Verbo encarnado, a Palavra Eterna de Deus. Ao proclamar Maria Mãe de Deus, a Igreja quer afirmar que ela é a Mãe do Verbo encarnado, que é Deus. Por isso, a sua maternidade não se refere a toda a Trindade, mas unicamente à segunda Pessoa, ao Filho que, ao encarnar-se, assumiu dela a natureza humana.


Nesta bonita e importante solenidade o Evangelho proposto, pela liturgia, é de São Lucas. Ele fala do encontro dos pastores com Jesus. Ali, na manjedoura de Belém, eles têm suas vidas transformadas, porque encontram-se com Aquele que fez de sua vida um encontro. Por isso, os pastores são capazes de se tornarem testemunhas da Boa Nova, verdadeiros evangelizadores. Eles “voltaram glorificando e louvando a Deus, por tudo o que tinham ouvido e visto, e que estava de acordo com o que lhes fora dito” (Lc 2,20).


Nesta cena única, se encontra, também, Maria. Ela, como os pastores, contempla e vive profundamente aquele momento. “Maria conservava todas estas palavras, meditando-as no seu coração” (Lc 2,19). Diante da realidade, Maria silencia, porque quer apenas contemplar e viver aquele momento. Ela é mestra da contemplação. Ela sabe viver cada momento. Por isso silencia e guarda tudo na memória e no afeto de seu coração.


Cada um de nós, ao celebrar o início do ano novo civil, é convidado a fazer como Maria, contemplando na manjedoura de Belém, o Menino Deus, Príncipe da Paz, que deseja nos encontrar, assim como encontrou com os pastores. Desse encontro pessoal e único, nossa vida será transformada e, como eles, poderemos, também, louvar e glorificar a Deus.


Somos, portanto, convidados a dar o primeiro passo e irmos ao encontro de Jesus, encontrando-o, não mais na manjedoura de Belém, mas em nosso coração. Isso precisamos fazer de mãos dadas com Maria, a Mãe de Deus e nossa Mãe. Ela nos dá segurança e paz, porque traz, em seus braços, o Príncipe da Paz. Sem o acolhimento de nosso Salvador não iremos celebrar, como deve, o dia Mundial da Paz e da Fraternidade Universal. Só Jesus é capaz de nos oferecer a paz e a fraternidade de que tanto necessitamos.


Supliquemos, com confiança, a Mãe de Deus, Aquela que deu ao mundo a nossa Paz, para que possamos ser e viver em um mundo mais fraterno, solidário e com mais paz.

 

Pe. Almerindo da Silveira Barbosa, formado em Filosofia e Teologia, pela Pontifícia Universidade Católica (PUC) de Minas Gerais, o colunista também possui especialização em Ensino Religioso, pela Faculdade do Noroeste de Minas (FINOM), e em Teologia Pastoral, realizada na Faculdade Jesuíta de Filosofia e Teologia, em Belo Horizonte. Pe. Almerindo é coautor da coleção “Deus Conosco” e do livro Quem é esse Jesus e autor da obra A missa – Conhecer para viver, também publicado pela Editora Vozes.

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