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Redação

Reflexão do Evangelho: Meu Deus, por que me abandonaste? | Mt 27,11-54

Pe. Almerindo da Silveira Barbosa Domingo de Ramos | Mt 27,11-54



Iniciamos, com o Domingo de Ramos, a semana maior de fé, chamada Semana Santa. Nela vamos viver os momentos doloridos de Jesus, que caminha para a cruz. Lá em fará a oferta de sua vida ao Pai, com a certeza de que não desistiu no meio do caminho. Foi fiel até o fim e, por isso, pode dizer com confiança: “Pai, em tuas mãos, entrego o meu Espírito”.

A narrativa da Paixão do Senhor descreve seu sofrimento, no caminho do Calvário e sua morte na cruz. Jesus, o justo, que passou por este mundo fazendo o bem, se ver, agora, diante do momento de sua oferta definitiva ao Pai. Mesmo que, por um instante, se sente abandonado, experimentando sozinho a solidão – “meu Deus, meu Deus, por que me abandonaste?” – sabe que cumpriu bem sua missão. Não desviou do projeto do Pai e, por isso, se entrega, com confiança, como uma criança que se joga nos braços de seus pais: “Pai, em tuas mãos, entrego o meu Espírito”.

Pregado na cruz está Jesus. Do seu lado, dois delinquentes. Para desmoralizar, ainda mais Jesus, é colocado ali uma frase desprezando-o: “Este é Jesus, o Rei dos Judeus”, para mostrar um Messias fracassado, condenado como blasfemador e como malfeitor. É nessa situação, na cruz reservada aos criminosos e escravos, que Jesus termina sua vida na terra.

Na cruz, sofrendo dores, solidão e abandono, Jesus continua ouvindo blasfêmias e a tentação última do inimigo, para descer da cruz, se de fato for filho de Deus, salvando a si mesmo, como salvou a tantos outros. Jesus continua no silêncio, no abandono e na entrega confiante à vontade do Pai.

Ao meditarmos a Paixão do Senhor, somos convidados a tomar consciência de que Ele se entregou na cruz simplesmente por amor a nós. Às vezes esquecemos disso e, no primeiro desafio da vida, desistimos de segui-Lo, desistimos de Deus, desistimos de nós mesmos. Diante das dificuldades do caminho, se faz necessário olhar para a cruz de nosso Senhor. Como Ele nosso silêncio, muitas vezes, é necessário e curativo.

Sabemos que somos limitados, temos incoerências, falta de fé em Deus e fidelidade à sua vontade. São nesses momentos que percebemos quem são os cireneus que nos ajudam a carregar nossa cruz. Como Jesus, em muitas situações sentimos o peso do abandono de quem nunca deveria nos abandonar. Confiemos no Senhor, assim como Ele confiou no Pai e se entregou, na certeza de que não estava sozinho, nem abandonado.

Estejamos dispostos a caminhar com o Senhor para Jerusalém e morrer cada dia com Ele, para que seu amor seja tudo em todos os homens! Aproveitemos esta Semana Santa, para meditarmos os exemplos e ensinamentos preciosos, deixados por Jesus.

 

Sobre o autor:

Pe. Almerindo da Silveira Barbosa, formado em Filosofia e Teologia, pela Pontifícia Universidade Católica (PUC) de Minas Gerais, o colunista também possui especialização em Ensino Religioso, pela Faculdade do Noroeste de Minas (FINOM), e em Teologia Pastoral, realizada na Faculdade Jesuíta de Filosofia e Teologia, em Belo Horizonte. Pe. Almerindo é coautor da coleção “Deus Conosco” e do livro Quem é esse Jesus e autor da obra A missa – Conhecer para viver, também publicado pela Editora Vozes.

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louvadosejayhwhyeshua
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