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Reflexão do Evangelho: Os magos ficaram radiantes de alegria | Mt 2,1-12

  • Redação
  • 13 de jan. de 2023
  • 2 min de leitura

Solenidade da Epifania do Senhor | Mt 2,1-12


A festa da Epifania é a celebração da manifestação da glória do Senhor. Estávamos mergulhados nas trevas do pecado e nas nuvens escuras da dúvida, mas Deus se manifestou a nós e sua glória permanece no meio de nós. Ele armou sua tenda no meio de nós!


Na manifestação do Senhor, Jesus se apresenta como rei universal. Ele veio para ser rei de todos os homens, isto é, da humanidade inteira. Não se restringe aos judeus. O povo de Deus, agora, são todos aqueles que caminham até Jesus e reconhecem sua realeza e sua divindade.


Jesus, verdadeiro rei, não nasce na capital, lugar dos poderosos, não é violento e prepotente como o rei Herodes. Nasce na pequena Belém, cidade do rei e pastor, Davi. Deixa o centro do poder político e religioso e vai para a cidade da periferia, lugar dos humildes e marginalizados.


Diante dessa realidade, os magos reconhecem Jesus como Rei e Senhor. Eles são capazes de reconhecer no “menino da periferia” o Salvador do mundo. Não vê nele apenas uma criança que acabara de nascer. Ver o próprio Redentor da humanidade e percebem que Deus quer trazer a salvação a partir dos pobres, marginalizados e humildes.


Os magos, a partir daquele momento, deixam de ser orientados pelo rei Herodes e se colocam a serviço do novo Rei. Prostrando-se diante dele oferecem o que têm de melhor: o ouro, que simboliza a realeza; o incenso, que simboliza a divindade; e a mirra, que lembra a paixão de Jesus. Ou seja, oferecem o que eles têm de melhor. Oferecem a própria vida, fazendo uma conversão profunda.


De volta, os magos retornam por outro caminho. Rompem com Herodes e Jerusalém. Rompem com a ideologia dos grandes. Rompem com o poder opressor. Mudam de caminho, portanto, mudam de vida.


Como os magos, também nós somos convidados a ajoelhar-nos diante do Senhor e abrir os cofres de nossa alma e os segredos de nosso coração, oferecendo-lhe, como presentes, nossos sentimentos, nossas angustias e nossos anseios mais secretos. Como também somos convidados a perceber a Luz de Cristo, que nos guia e nos orienta, para chegarmos, um dia, ao Reino dos céus.


Que cada um de nós possamos oferecer, ao Deus Menino, o ouro de nossas virtudes, reconhecendo-O como Rei e Redentor; o incenso de nossa fé, reconhecendo-O como Deus, como também oferecer a Ele a mirra de nossas boas intenções e ações.


Como os magos precisamos, a cada dia, a fazer um caminho novo em nossa vida, deixando de lado os Herodes de nossos vícios e de nossos pecados e trilhar o caminho da fé, da esperança, da caridade, da fraternidade e da perseverança rumo ao reino dos céus. Só assim nos converteremos e teremos nossas vidas transformadas.



Pe. Almerindo da Silveira Barbosa, formado em Filosofia e Teologia, pela Pontifícia Universidade Católica (PUC) de Minas Gerais, o colunista também possui especialização em Ensino Religioso, pela Faculdade do Noroeste de Minas (FINOM), e em Teologia Pastoral, realizada na Faculdade Jesuíta de Filosofia e Teologia, em Belo Horizonte. Pe. Almerindo é coautor da coleção “Deus Conosco” e do livro Quem é esse Jesus e autor da obra A missa – Conhecer para viver, também publicado pela Editora Vozes.


 
 
 

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