O catequista é um educador da fé. Para exercer este ministério precisa ter feito a experiência de Deus em sua vida, ter domínio dos fundamentos da fé cristã, manter-se em estado de formação permanente, aperfeiçoando-se para que sua atuação catequética atenda a iniciação à vida cristã e a verdade do Evangelho possa resplandecer e ajudar os catequizandos, qualquer que seja a faixa etária, no processo de amadurecimento da fé.
O amor de Deus é personalizado e, como resposta a esse amor, o catequista assume o compromisso de anunciá-lo, vivendo a sua vocação e cumprindo a missão de ser sal e luz na comunidade com apaixonado ardor, nas diversas realidades em que estiver inserido. Contudo, somente tendo passado pela experiência, bebendo nas fontes vivas da fé e, com preparação adequada, o catequista terá repertório para comunicar e testemunhar a mensagem do Evangelho de modo coerente; por isso torna-se necessário o conhecimento da Sagrada Escritura, mas também dos dogmas da Igreja.
Vejamos o que nos propõe o Evangelho de Mt 5,13-16.
Naquele tempo, Jesus ensinava os seus discípulos, dizendo:
“Vós sois o sal da terra. Mas se o sal perder o gosto salgado, como que se há de salgar? Já não servirá para nada, apenas para ser jogado fora e pisado pelas pessoas. Vós sois a luz do mundo. Não é possível esconder uma cidade situada sobre um monte, nem se acende uma lamparina para se pôr debaixo de uma vasilha, mas num candelabro, para que ilumine todos os da casa. É assim que deve brilhar vossa luz diante das pessoas, para que vejam vossas boas obras e glorifiquem vosso Pai que está nos céus”.
O texto do Evangelho nos ajuda a perceber que Jesus nos faz responsáveis pela vida das pessoas. Enquanto catequistas, o texto nos alerta para o discernimento. Nesse sentido, podemos entender que ser luz significa ser capaz de iluminar o caminho que leva ao encontro do Senhor, garantir o entendimento sobre o Evangelho e a doutrina cristã e assumir a missão da Igreja em nossa vida e na sociedade. Ser sal, consiste em atribuir sabor, ou seja, ser catequista que em seu falar expressa sabedoria, mansidão e equilíbrio, falando aquilo que edifica as pessoas, ajudando-as a encontrar sentido para o que vivem e fazem. Neste aspecto podemos considerar que ser sal e luz é parte da identidade do catequista que tem presente em sua prática e missão a dinâmica da Iniciação à Vida Cristã. Isto faz com que leve a Boa Notícia às pessoas, ajude-as a assumir seu compromisso batismal e a incorporar-se na comunidade para viver, celebrar e testemunhar o Evangelho. O compromisso de educar na fé implica a adesão do catequista de ser discípulo missionário de Jesus e deve ser marcado pela conscientização de que se encontra unido a todos aqueles que esperam um mundo novo. Para tanto, em seu ministério, o catequista precisa ser capaz de dar testemunho através da própria vida.
Sobre a obra:
Identidade de ser catequista Este livro é um convite para refletir sobre a identidade, vocação e missão de ser catequista. Apresenta no decorrer de suas páginas o conteúdo de modo interativo, convidando o leitor para ler, refletir, rezar, avaliar sua caminhada, registrar seus anseios, sonhos e planos de ação. É um pequeno itinerário que ajuda a assumir a missão profética da Igreja como educador da fé, despertando a importância de uma formação que integra a dimensão doutrinal e experiencial capaz de colocar em prática os ensinamentos de Jesus.
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