Queridos amigos literários, vamos dar uma pausa na roda de conversa sobre livros, para refletir sobre a vocação do catequista? Vem comigo, você vai gostar!
Quando falamos em vocação, falamos em chamado. É quando sentimos ecoar em nossos ouvidos aquele chamado pessoal de um Deus que nos ama, nos resgata e nos pede: “não temas, chamei-te pelo nome, tu és meu!” (Is 43, 2).
Ser catequista é ser chamado para colocar-se a serviço da Palavra de Deus e se empenhar para tornar presente o Reino de Deus no mundo. Esse ano de 2020 foi um ano atípico: a pandemia nos obrigou a suspender várias atividades, inclusive os encontros catequéticos. Ainda que seja um momento marcado pela tragédia é possível colher algumas reflexões que nos permitam aprofundar a vocação do catequista.
Não podemos pensar no catequista como aquele, ou aquela, que repassa um conjunto de doutrina e conteúdos, que não encontram eco na vida dos catequizandos. Também não podemos olhar a missão do catequista, apenas, em vista da preparação de crianças, adolescentes, jovens e adultos, para receber os sacramentos.
A pessoa do catequista, com seus limites e seus dons, tem a missão de se tornar anunciador da Boa-Nova que é o Evangelho. Ao pensar no catequista como mensageiro, vem à mente as palavras do Papa Francisco:
“Mais do que peritos em diagnósticos apocalípticos ou juízes sombrios que se comprazem em detectar qualquer perigo ou desvio, é bom que nos possam ver como mensageiros alegres de propostas altas, guardiões do bem e da beleza que resplandecem numa vida fiel ao Evangelho” (EG, 168).
Que ao refletirmos sobre a vocação do catequista possamos nos sentir portadores de boas novas, testemunhas da alegria dos que se encontraram com o Mestre, decidiram segui-lo, e depois disso não mais voltaram atrás, pois a consciência da grandeza de nossa missão é maior que qualquer outro desafio.
Não somos catequistas por mera escolha nossa. Nos tornamos catequistas porque percebemos que não podemos fugir ao chamado. Bem que gostaríamos de fechar olhos e ouvidos, mas o que nos move é a certeza de que:
“Conhecer a Jesus é o melhor presente que qualquer pessoa pode receber; tê-lo encontrado foi o melhor que ocorreu em nossas vidas e fazê-lo conhecido com nossa palavra e obras é nossa alegria.” (DAp, 29).
Até a próxima!
Débora Pupo é Coordenadora Regional da Dimensão Bíblico-Catequética do Regional Sul 2, da CNBB e autora da coleção "Crescer em Comunhão" e dos livros: "Catequese... Sobre o que estamos falando mesmo?" e "Celebrações no Itinerário Catequético... Sobre o que estamos falado?", todos publicados pela Editora Vozes. Bacharel em Teologia, pela Faculdade Missioneira do Paraná, a colunista também é mestre na mesma área, formada pela Pontifícia Universidade Católica (PUC) de Curitiba, tendo como título de sua dissertação: "Iniciação Cristã e Catequese com adultos: um caminho para o discipulado".
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