A liturgia propõe, hoje, a memória de Nossa Senhora das Dores. Essa devoção tem fundamento bíblico nas palavras proféticas do Velho Simeão: “Tua alma será atravessada por uma lança” (Lc 2,35). Aliás, o próprio Evangelho põe em evidência a presença de Maria ao pé da cruz: “Junto à cruz de Jesus estava de pé sua Mãe” (Jo 19,25). A de Maria era uma presença de solidariedade nas dores do Filho com nossa redenção.
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Muitos Padres da Igreja, como Santo Efrém, Santo Ambrósio, Santo Agostinho e São Bernardo, fizeram comoventes considerações sobre as dores da Mãe de Deus.
Deve-se essa devoção na Igreja, sobretudo, à pregação dos Padres Servitas desde o ano 1230 e entrou na liturgia como memória por obra do Papa Bento XIII em 1724.
A festa põe em destaque a participação ativa de Maria nos sofrimentos redentores de Cristo. Ela nos faz, também, compreender a necessidade de unir nossos sofrimentos aos de Cristo. É uma lei do cristianismo: quanto mais um cristão se aproxima de Cristo, tanto mais deve, igualmente, aproximar- se da cruz. Maria soube, portanto, mais do que ninguém, participar da Paixão de Cristo.
Trecho da obra: O santo do dia / Servílio Conti.
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