A liturgia reúne, numa só festa, os santos já venerados no decurso do ano e os demais que não tiveram lugar no calendário litúrgico, incluindo a multidão de almas que já nos precederam na Casa do Pai.
Apocalipse apresenta uma visão com estas palavras: “Eis que vi uma grande multidão, que ninguém podia contar, de todas as nações, tribos, povos e línguas. Estavam de pé diante do trono e do Cordeiro, trajadas com vestes brancas e com palmas na mão. Em alta voz clamavam: ‘Louvor, Glória, sabedoria, ação de graças, honra, poder e força pertencem ao nosso Deus pelos séculos dos séculos. Amém’” (7,9-11).
A pátria orgulha-se dos seus heróis, dos grandes políticos, literatos, cientistas, poetas, artistas, etc. Com justo orgulho ergue-lhes monumentos, dedica-lhes praças, ruas, guarda-lhes ciosamente os nomes nos anais da história.
Com muito mais razão a Igreja se ufana de seus filhos que, passando por esta terra, conservaram a integridade da fé, labutaram varonilmente para implantação do Reino de Deus entre os homens, dominaram as paixões, preservando-se puros da corrupção deste mundo, cultivaram com afinco as virtudes cristãs e gozam atualmente o prêmio da vida eterna.
A galeria dos santos na Igreja é muito mais rica de heróis do que a de todas as nações da terra. Há santos que pertencem a todas as épocas e nações; a todas as categorias de classes sociais, desde as mais humildes até as mais elevadas na vida social. Santos desde crianças que não conheceram a malícia do mundo, até velhos venerandos de todas as regiões, raças, cores e profissões. Santos que vão desde Abraão, nosso pai na fé, até nossos dias. Cada um de nós pode escolher o modelo que mais agrada, o que for conforme a nossa vida e profissão na terra. Além de papas, bispos, padres, religiosos santos, a Igreja propõe à nossa imitação um incontável número de leigos.
Eis alguns:
Adolescentes: Tarcício, Pancrácio, Inês, Serafina, Maria Goretti.
Jovens: Domingos Sávio, Luís Gonzaga, Gabriel da Virgem Dolorosa.Homens casados: José, Homobono, Amadeu de Sabóia.
Mães de família: Mônica, Brígida, Francisca Romana, Ana Maria Taigi.
Operários: José, esposo de Maria, Isidoro, Geraldo.
Empregados: Germana, Cristiana, Martinho de Lima, Zita.
Pobres mendigos: Aleixo, Benedito Labre, Roque, Crispim.
Professores: João Câncio, João Batista de La Salle, Marcelino Champagnat.
Filósofos: Justino, Agostinho, Anselmo, Tomás de Aquino.
Turistas e advogados: Contardo Ferrini, Bártolo Longo, Ivo.
Médicos: Cosme e Damião, Brás, Antônio Zaccaria, José Moscati.
Magistrados: Ambrósio, Paulino, Tomás More.
Militares: Cornélio, Maurício, Sebastião, Floriano.
Reis e rainhas: Luís de França, Fernando de Castela, Matilde, Isabel de Portugal.
Santo Agostinho, em sua crise de conversão, ao ler a vida dos santos comentava:
“Se estes e estas venceram o mal, viveram santamente, por que não o posso também eu?” Pois bem, os mesmos auxílios da graça divina que os fortaleceram no áspero caminho da santidade são igualmente oferecidos a cada um de nós. Pelo batismo todos fomos marcados com a vocação à santidade.
“Sede perfeitos como vosso Pai do Céu é perfeito!” disse Jesus. E São Paulo: “Esta é a vontade de Deus: a vossa santificação”.
Que o esforço de imitação das virtudes dos santos, junto com a sua proteção, nos ajudem a ser fiéis à sublime vocação da santidade para a qual fomos chamados, pela nossa elevação no batismo, a filhos de Deus.
O catolicismo reserva um dia por ano a um ou mais de seus santos que servem de modelos de vida cristã, fornecendo pistas de vida e inspirando coragem. Desta forma, o livro apresenta cada santo no seu contexto social e eclesial, evitando-se elementos legendários e dando informações simples, que preservam as características espirituais marcantes de cada um.
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