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  • Redação

A liturgia da Palavra na Semana Santa

Proclamação e reapresentação realizam-se primeiramente com a Liturgia da Palavra na comunhão com a Escritura. Sem uma eficaz ação bíblica que abra e anuncie os grandes fatos da história da redenção, prefigurados no Antigo Testamento e levados a cumprimento no Novo, é impossível uma celebração pascal que renove interiormente a vida da Igreja. Nunca como na Semana Santa, a Igreja relê na Escritura os sinais e as intervenções do amor e da misericórdia, com o esforço de assimilar seu significado e de corresponder a ele no louvor, no reconhecimento e no compromisso. A pedagogia litúrgica tem como sua primeira finalidade este tipo de introdução, de iniciação aos momentos fundamentais do plano de Deus, que se realiza, em plenitude, na morte de Cristo e na sua ressurreição.



A Sexta-feira Santa e o Sábado Santo, prolongados na vigília, são tipicamente os dias da Palavra, a serem passados numa reevocação viva e num anúncio que se transforma em oração. São um subir, precisamente pela Escritura, para a Eucaristia. Só assim compreende-se a “liturgia” destes dois dias; isto é, a falta de celebração da Eucaristia, para sua espera e sua preparação mais assídua e mais prolongada. Sem pesados prolongamentos e sem artificiosas complicações, a pastoral litúrgica destes dias deverá ser orientada a levar a comunidade para este comprometedor e vivificante encontro com o curso da salvação, que transparece e é testemunhado continuamente na Bíblia.


Dela, em harmonia e em sintonia, decorrerão os “piedosos exercícios” e a apropriação “privada” e subjetiva, sem o qual a celebração corre o risco de não ser “edificante” e pessoal, mas com a atenção para que as expressões extralitúrgicas não sufoquem, com sua facilidade e aparente e imediato fruto, a presença e a ação proeminente da Palavra.

 
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