As diferentes gerações também acontecem na catequese. É comum que os catequistas tenham certa dificuldade em entender a cultura dos catequizandos e, quanto mais distante o catequista for do catequizando, quanto maior a dificuldade do diálogo cultural entre eles, maior será o desafio de dialogar sobre a mensagem do Evangelho.
A internet faz com que esse encontro de gerações seja mais complexo. Isso porque, quando se trata da internet, podemos basicamente dividir as gerações em duas: os migrantes digitais e os nativos digitais. Os migrantes digitais nasceram sem o acesso à internet e foram aprendendo a navegar na web ao longo da vida. Já os nativos digitais nasceram nos anos 2000 e desde crianças têm acesso ao mundo virtual.
Mas os estudiosos entendem também cada geração a partir da relação que elas têm com a internet e com os meios digitais. Assim chegaram a um certo consenso, dividindo seja os nativos ou os migrantes digitais, em várias outras gerações. No início dos aparelhos eletrônicos, ainda com uma internet frágil, as mudanças eram lentas. Hoje essas mudanças se intensificam criando, cada vez mais cedo, novas gerações.
Somos cada vez mais dependentes da internet. Pagamos contas, consultamos endereços, fazemos ligações telefônicas e compramos produtos. A internet deixou de ser um ambiente onde entramos para consultar dados. Ela se tornou um meio para nos relacionarmos com o mundo, e mais que isso, influencia o modo como essas relações acontecem. Partindo de situações próprias do ambiente pastoral e da vida cotidiana, dialogando com as inspirações catecumenais da catequese de iniciação à vida cristã, este livro se propõe a oferecer ferramentas a partir de uma reflexão pastoral, que serve tanto àquele catequista que quer se iniciar no diálogo e uso das novas tecnologias, mas também para equipes de coordenação pensarem com suas equipes o planejamento catequético e a formação de catequistas.
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