Olá, catequistas!
Hoje vou começar nossa conversa com uma pergunta: como vai você?
Essa pergunta, por vezes, parece um clichê para iniciar uma conversa. De fato, o “como você está” e suas variantes, juntamente com os comentários sobre o tempo, nos ajudam a “puxar conversa”. No entanto, minha pergunta tem outra direção: levar você para um momento de reflexão sobre o como você se sente nesse momento.
O motivo de refletir sobre nossa experiência de vida nos ajuda a reencontrar as motivações que nos impulsionam. Por isso, ao se perguntar “como estou?” tenha atenção para não se firmar, apenas nos aspectos negativos, difíceis e, por vezes, angustiantes.
Então, que tal realizarmos um pequeno exercício? Prometo que não será muito difícil.
Bem sabemos que, desde 2020, os desafios nos assaltam de maneira que, por vezes, parece que vamos sucumbir. A pandemia bagunçou nossa vida em todas as dimensões e trouxe uma gama de sentimentos que parecemos sufocar, não é raro cair na tentação de desanimar, jogar tudo para o alto e esquecer as belezas da nossa vocação. Afinal, são tantas as angústias, incertezas e medos, não somos de ferro. Por isso quero propor a você o exercício de escrever as bem-aventuranças do ser catequista.
Ao se colocar diante de você, da sua realidade, do contexto que está vivendo, tenha em mãos caneta e papel. Divida a folha de papel em duas colunas, para cada sentimento negativo que você identificar tente encontrar um positivo, ao final faça uma experiência de oração escrita. Débora, como fazer isso? A dica é: escreva as suas bem-aventuranças!
Sim, vamos escrever as bem-aventuranças do catequista. Por que você é feliz como catequista? Quais os momentos em que você mais se sente grata? O que lhe impulsiona a seguir sempre em frente?
Partilho com vocês as minhas bem-aventuranças, quem sabe vocês, um dia, possam partilhar comigo as suas.
“Bem-aventurada a catequista que anuncia Jesus Cristo, pois anuncia-Lo é nossa maior alegria!
Bem-aventurada a catequista que semeia a Palavra de Deus, pois o próprio Cristo nos enviou para anunciar e servir!
Bem-aventurada a catequista que se dedica em formar as famílias, pois a família é o berço da vida e da fé!
Bem-aventurada a catequista que acolhe cada criança com amor, pois dos pequeninos é o Reino dos Céus!
Bem-aventurada a catequista que acompanha os adolescentes com paciência e amor, pois um companheiro de caminhada torna o caminhar mais agradável!
Bem-aventurada a catequista que dialoga com os jovens, pois o entusiasmo juvenil reveste a vida de um novo frescor!
Bem-aventurada a catequista que se dedica aos adultos, pois catequese com adultos é escola de vida e de fé!
Bem-aventurada a catequista que se forma e deixa-se conduzir pelo Mestre, pois suas forças serão revigoradas a cada dia!
Que não desanimemos diante dos obstáculos e possamos sempre mais crescer na Fé, na Esperança e no Amor, levando nossos catequizandos rumo ao encontro pessoal e verdadeiro com Jesus Cristo!”
Até a próxima!
Débora Pupo é Coordenadora Regional da Dimensão Bíblico-Catequética do Regional Sul 2, da CNBB e autora da coleção "Crescer em Comunhão" e dos livros: "Catequese... Sobre o que estamos falando mesmo?" e "Celebrações no Itinerário Catequético... Sobre o que estamos falado?", todos publicados pela Editora Vozes. Bacharel em Teologia, pela Faculdade Missioneira do Paraná, a colunista também é mestre na mesma área, formada pela Pontifícia Universidade Católica (PUC) de Curitiba, tendo como título de sua dissertação: "Iniciação Cristã e Catequese com adultos: um caminho para o discipulado".
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