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  • Redação

Coluna da Débora: Catequese Missionária - Parte ll

Olá, catequistas!

Vamos continuar nossa conversa sobre a catequese em saída?


Pois bem, hoje conversaremos sobre três verbos: acompanhar, frutificar e festejar. Preparados? Chegue mais perto, seja bem-vindo(a) em nossa roda!


Lembram-se que estamos seguindo o número 24 da Evangelii Gaudium, do Papa Francisco? Pois bem, será nesse documento que buscaremos compreender melhor como a catequese se entender em chave de saída.


Para o Papa, é preciso acompanhar a humanidade em todos os seus processos, por mais duros e demorados que sejam. Recordando que a evangelização patenteia muita paciência e evita deter-se a considerar as limitações (EG, 24). Para melhor compreender esse verbo precisamos considerar o empenho de tantos catequistas em acompanhar os catequizandos e suas famílias em todos os momentos. Não podemos deixar de acreditar que é possível favorecer momentos de mudança e melhor compreensão da vida e da fé, na busca sincera de quem se deixa encontrar por Jesus Cristo e sente-se por Ele cativado. As dificuldades não podem ser tão gigantes ao ponto de nos impedir de caminhar, pois é preciso acompanhar o processo de crescimento e amadurecimento daqueles que nos são confiados pela Igreja.


Quando pensamos em nossa missão, por vezes, corremos o risco de ceder à tentação de pensar, apenas, na colheita, desejar ver os frutos. Por outro lado, a demora nos processos e a pressa, pode levar-nos a duvidar da força fecunda da semente que semeamos. Por isso que o próximo verbo apresentado pela Papa é o frutificar, de fato precisamos nos manter atentos à força fecunda da mensagem que anunciamos é o exercício de manter-se atento aos frutos, cuidando do trigo e não perdendo a paz por causa do joio (EG, 24). O catequistas, movido pelo encanto por Jesus Cristo e por sua mensagem, encontrará “um modo para fazer com que a Palavra se encarne numa situação concreta e dê frutos de vida nova” (EG, 24).


Por fim, o Papa, nos fala do festejar. Sim, uma catequese que se entende em saída precisa aprender a festejar, a celebrar, pois essa é a força da Palavra que anunciamos. Talvez você possa me perguntar: mas, Débora, o que vamos festejar? E eu lhe respondo, querido(a) catequistas: precisamos Celebrar cada pequena vitória, cada passo em frente. Lembrando que é a fé celebrada que alimenta a vida.


Pensar a dimensão festiva de nossa missão nos ajuda a compreender que não podemos ser evangelizadores com “cara de vinagre” ou cristãos de uma quaresma sem Páscoa, lamurientos e desencantados (EG, 85). Sem dúvida, quando nos deixamos encontrar pelo amor misericordioso do Pai, que nos é revelado em Jesus, percebemos que só poderemos transbordar amor, pois “Deus é amor: quem permanece no amor permanece em Deus, e Deus nele” (1Jo 4, 16b).


Podemos concluir afirmando que, uma catequese missionária é aquela que sabe tomar a iniciativa de ir ao encontro, pois primeiro foi encontrada pelo Mestre de Nazaré. É uma catequese que não tem medo de se envolver com a realidade dos catequizandos e acompanham sua vida para encurtar as distâncias e tornar o Reino de Deus presente no mundo. É uma catequese que frutifica, não pelo afã de tantas atividades, mas pela convicção de que a semente é fecunda e que não será em vão o ato de semear. É uma catequese que festeja, que não tem medo da alegria, pois sabe que a missão consiste em testemunhar o amor de Deus em todas as circunstâncias.


Por fim, uma catequese missionária é aquela que anuncia a beleza da fé e a apresenta à proposta cristã de maneira positiva, sem impor, sem violentar, sempre com respeito, amor, acolhida e cuidado.


Até a próxima!

 

Débora Pupo é Coordenadora Regional da Dimensão Bíblico-Catequética do Regional Sul 2, da CNBB e autora da coleção "Crescer em Comunhão" e dos livros: "Catequese... Sobre o que estamos falando mesmo?" e "Celebrações no Itinerário Catequético... Sobre o que estamos falado?", todos publicados pela Editora Vozes. Bacharel em Teologia, pela Faculdade Missioneira do Paraná, a colunista também é mestre na mesma área, formada pela Pontifícia Universidade Católica (PUC) de Curitiba, tendo como título de sua dissertação: "Iniciação Cristã e Catequese com adultos: um caminho para o discipulado".

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