Dentre os sete sacramentos, que são sinais visíveis da graça de Deus, há o Sacramento da Ordem, que se constitui como sacramento de serviço, juntamente com o Matrimônio, pois concorrem para a salvação do outro. Os que são admitidos a este sacramento “ficam, em nome de Cristo, destinados a apascentar a Igreja, com a palavra e a graça de Deus”, como ensina a Constituição Dogmática Lumen Gentio, no número 11. O nome dado a este sacramento, deriva da Antiguidade romana, na qual a palavra ordem designava corpos constituídos no sentido civil.
Compreende-se, então, que a origem do Sacramento da Ordem é divina, ou seja, é iniciativa de Deus. É o próprio Senhor que confere àqueles que chama o seu ministério, para que estejam à serviço do povo, instruindo-o e conduzindo-o à salvação.
A Tradição da Igreja chama o ministério dos Apóstolos de Sacerdócio. Sacerdócio, contudo, é um fenômeno comum na história das religiões; no cristianismo o ministério ordenado é entendido e prefigurado no sacerdócio de Aarão e no serviço dos levitas. Mas é em Jesus Cristo que ocorre a realização plena do Sacerdócio, pois ele é o único e verdadeiro sacerdote, que realiza a grande reconciliação entre Deus e os seres humanos, através de sua entrega total.
Os que são chamados ao Sacramento da Ordem, isto é, os bispos, presbíteros e diáconos, participam da ação salvífica de Cristo. Jesus é o único sacerdote, os que foram ordenados são seus ministros e servem a Igreja, Povo de Deus, em seu nome. Nos Evangelhos Jesus é o enviado do Pai, desempenhando uma missão que lhe foi confiada, sua missão é orientada e fundamentada na vontade do Pai. Do mesmo modo, Jesus envia seus ministros, para que atuem em seu nome. É Cristo Bom Pastor que escolhe e chama seus ministros, para que estes apascentem com docilidade, e em seu nome, o rebanho a ele confiado.
Leonardo Henrique Agostinho, MSC
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Religioso da Congregação dos Missionários do Sagrado Coração, formado em Filosofia e estudante de Teologia, na PUC-SP
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