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Redação

O significado dos gestos na Santa Missa

A religião assume o homem todo, como ele é: corpo e alma. A Graça não destrói a natureza humana, mas a completa e aperfeiçoa. Por isso, rezamos com o corpo também, dizendo palavras e fazendo gestos. A Missa é o louvor visível do Povo de Deus.

Vejamos o significado dos gestos:


Sentado:

É uma posição cômoda que favorece a catequese, boa para a gente ouvir as Leituras, a homilia e meditar. É a atitude de quem fica à vontade e ouve com satisfação, sem pressa de sair. Em celebrações especiais, com pequena comunidade, o Presidente, às vezes, faz a homilia sentado.


De pé:

É uma posição de quem ouve com atenção e respeito, tendo muita consideração pela pessoa que fala. Indica prontidão e disposição para obedecer. Foi, desde o início da Igreja, a posição do “orante”. A Bíblia diz: “Quando vos puserdes em pé para orar, se tendes alguma coisa contra alguém, perdoai-lhe, para que também vosso Pai que está nos céus vos perdoe as vossas ofensas” (Mc 11,25). Falando dos bem-aventurados, João vê uma multidão, de vestes brancas, “de pé, diante do Cordeiro”, que é Jesus (Ap 7,9).


De joelhos:

De início, o cristão ajoelhava-se somente nas orações particulares. Depois toda a comunidade passou a ajoelhar-se em tempo de penitência. Agora essa posição é comum diante do Santíssimo Sacramento e durante a consagração do pão e do vinho. Ajoelhar-se perante alguém era sinal de homenagem a um soberano. Hoje significa adoração a Deus. São Paulo diz: “Ao nome de Jesus, se dobre todo joelho, no céu, na terra e debaixo da terra” (Fl 2,10). Rezar de joelhos é mais comum nas orações individuais. “Pedro, tendo mandado sair todos, pôs-se de joelhos para orar” (cf. At 9,40).


Genuflexão:

É um gesto de adoração a Jesus na Eucaristia. Fazemos quando entramos na igreja e dela saímos, se ali existe o sacrário. Também fazemos genuflexão diante do crucifixo na Sexta-feira Santa, em sinal de adoração. (Não é adoração à cruz, mas a Jesus, que nela foi pregado.)


Inclinação:

Inclinar-se diante de alguém é sinal de grande respeito. É também adoração, diante do Santíssimo Sacramento. Os fiéis podem inclinar a cabeça para receber a bênção solene.


Procissão:

Na Missa podemos fazer diversas procissões, se forem convenientes: na Entrada do Presidente, no Evangelho, no Ofertório, na Comunhão. A História da Salvação começou com uma “procissão”: Abraão e sua família a caminho da Terra Prometida. As nossas procissões simbolizam a peregrinação do Povo de Deus para a casa do Pai. Somos uma Igreja “peregrina”.


Mãos levantadas:

É atitude dos “orantes”. Significa súplica e entrega a Deus. É o gesto aconselhado por Paulo a Timóteo: “Quero, pois, que os homens orem em qualquer lugar, levantando ao céu as mãos puras, sem ira e sem contendas” (1Tm 2,8).


Mãos juntas:

Significam recolhimento interior, busca de Deus, fé, súplica, confiança e entrega da vida. É atitude de profunda piedade.


Prostração:

Gesto muito antigo, bem a gosto dos orientais. Estes se prostravam com o rosto na terra para orar. Assim fez Jesus no Horto das Oliveiras. Hoje essa atitude é própria de quem se consagra a Deus, como na ordenação sacerdotal. Significa morrer para o mundo e nascer para Deus com uma vida nova e uma nova missão.


Silêncio:

O silêncio tem seu valor na oração. Ajuda o aprofundamento nos mistérios da fé. “O Senhor fala no silêncio do coração”. É oportuno fazer silêncio depois das Leituras, da homilia e da Comunhão, para interiorizar o que o Senhor disse. Meditar é também uma forma de participar. Uma Missa que não tivesse nenhum momento de silêncio, seria como chuva forte e rápida que não penetra na terra.


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