Jesus mostrava carinho especial para com os doentes. Para os que o procuravam, com fé, confiando nele, a todos curava. Ele não emprega medicinas caseiras, como se fazia tradicionalmente. Põe em prática sua força divina de curar que supera todos os outros meios. Curava em nome próprio, dizendo: “Eu quero, sê curado” (Mt 8,3).
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Queria que seus discípulos se associassem a Ele, continuando sua missão com relação aos enfermos. Por isso, deu-lhes o poder de curar as enfermidades: “Chamando os doze discípulos, conferiu-lhes poder para curar todo o tipo de enfermidades e doenças” (Mt 10,1).
Depois de Pentecostes, com a descida do Espírito Santo, os apóstolos começaram sua missão pregando a Boa-nova, curando os doentes “em nome de Jesus Nazareno”. E as pessoas “traziam os doentes para as ruas e punham-nos em leitos e macas, a fim de que, quando Pedro passasse, ao menos a sua sombra cobrisse alguns deles. Também das cidades vizinhas de Jerusalém afluía muita gente trazendo os enfermos e os atormentados por espíritos imundos, e todos eram curados” (At 5,15-16).
Jesus assumiu nossas angústias, sofreu nossos sofrimentos, participou de nossa fraqueza e morreu a nossa morte. Aceitou sua situação obedecendo ao Pai e oferecendo-se a Ele em oblação por nós. Mudou o sentido da dor e da enfermidade, transformando-as em ação redentora.
O ministério da visitação é um serviço, uma diaconia de evangelização e de solidariedade cristã. Visitar é resposta a um compromisso batismal, porquanto somos convocados à vida comunitária e solidária.
Na Igreja somos fundamentalmente iguais pela vocação cristã e pela graça do batismo e como membros fraternos da mesma comunidade eclesial (cf. LG 30 e 32). Pastores e leigos, no entanto, distinguem-se no serviço prestado à Igreja; distinguem-se pela missão e pelo ministério. Os pastores recebem o poder sagrado pelo Sacramento da Ordem. Os leigos, em decorrência do batismo e da crisma, vivem os valores evangélicos no mundo e dão aí o seu testemunho.
São chamados a conhecer e a amar o mundo como Deus o conhece e ama, para torná-lo permeável ao fermento do Evangelho. Os leigos são chamados, sempre mais, a assumirem compromissos pastorais. A atuação dos leigos multiplica a possibilidade de a Igreja valorizar as pessoas, na evangelização, transmitindo a mensagem por meio do contato pessoal.
Oração para pedir a saúde
Senhor, nosso Deus, que enviastes o vosso Filho ao mundo para carregar as nossas enfermidades e levar sobre si as nossas dores, nós vos suplicamos e pedimos pelos nossos irmãos enfermos.
Com a paciência fortalecida e a esperança renovada, superem a doença por vossa graça e proteção e voltem a desfrutar do dom da saúde por vossa ajuda.
Jesus, passastes pelo mundo fazendo o bem e curando a todos, nós vos pedimos pelos que passam por enfermidades.
Dai-lhes a força de corpo e a firmeza do espírito, a resistência à dor e a saúde completa.
Salvai-nos em vosso amor, Senhor nosso Deus, que sempre cercais de carinho as vossas criaturas; erguei nossos irmãos doentes e sustentai-os com a vossa força.
Dai-lhes o remédio, curai as fraquezas, a fim de que eles alcancem o conforto que de Vós esperam.
Amém.
Trecho do livro: "Orações para visita e atendimento aos enfermos",
publicado pela Editora Vozes.
Sobre o livro:
O ministério da visitação é um serviço, uma diaconia de evangelização e de solidariedade cristã. Visitar é resposta a um compromisso batismal, porquanto somos convocados à vida comunitária e solidária.
O autor
Antônio Francisco Bohn é presbítero da Diocese de Blumenau e vigário paroquial em Luís Alves, SC. É autor de Formação de ministérios – Chamados para evangelizar e servir (2007), Devocionário do Sagrado Coração de Jesus (2007) e Orações ao Espírito Santo (2011), publicados pela Editora Vozes.