14º Domingo do Tempo Comum | Mt 11,25-30
Durante seu ministério, ao longo do mar da Galileia, Jesus entusiasmou pessoas, mas também cultivou inimigos e oposições. Muitas foram as pessoas que desanimaram e acabaram desistindo de segui-Lo. Com Ele permaneceu fiel apenas um pequeno grupo.
Ao iniciarmos a meditação do Evangelho desse domingo, percebemos que Jesus não desanima diante das oposições e fracassos. Pelo contrário, Ele reza uma das mais bonitas orações feita a Deus Pai, dizendo: “Eu te bendigo, Pai, Senhor do céu e da terra, porque escondestes estas coisas aos sábios e entendidos e as revelastes aos pequeninos” (Mt 11,25).
Logo após rezar ao Pai Jesus faz uma importante afirmação – “Ninguém conhece o Filho senão o Pai, como também ninguém conhece o Pai senão o Filho e aquele a quem o Filho o quiser revelar” - mostrando que o seu verdadeiro seguidor precisa, não apenas encontrar-se com Ele, mas ter uma relação de intimidade, através de uma experiência profunda.
O Evangelho termina se referindo à opressão vivida pelas pessoas simples, através dos escribas e fariseus, aqueles que se consideram sábios e inteligentes. Eles complicam a religião por regras pesadas e que torna impossível a sua vivência. Esta religião torna-se um jugo muito pesado, pois oprime o povo humilde, os pobres que sofrem.
Diante da realidade vivida, Jesus convida as pessoas a se afastarem dessa gente e a se libertarem da religião opressora, aceitando seus ensinamentos, que tem “jugo suave e fardo leve”. Assim, no texto proclamado, Ele faz três convites.
O primeiro convite Jesus diz “vinde a mim todos os que estais fadigados e cansados”. É dirigido aquelas pessoas que vivem uma religião como uma carga pesada. Não conseguem viver a religião da leveza e da alegria, mas do peso e do sofrimento.
O segundo convite Jesus diz para carregar o seu jugo leve e suave, deixando o fardo pesado da religião que oprime. O jugo de Jesus, ao contrário, liberta e cura, pois é suportável e o seu fardo é leve.
O terceiro convite de Jesus é para aprender dele, através de duas das muitas características que marcam sua vida, que é a mansidão e humildade. Jesus não complica a vida das pessoas, pelo contrário, a torna mais leve, suave e simples.
Que saibamos aprender de Jesus a viver a leveza da vida e da religião e escutar o seu chamado, configurando nossa vida à sua, tendo nosso coração semelhante ao seu. Ele nos ensina, através de seu coração manso e humilde, que assim sejamos.
Amém!
Sobre o autor:
Pe. Almerindo da Silveira Barbosa, formado em Filosofia e Teologia, pela Pontifícia Universidade Católica (PUC) de Minas Gerais, o colunista também possui especialização em Ensino Religioso, pela Faculdade do Noroeste de Minas (FINOM), e em Teologia Pastoral, realizada na Faculdade Jesuíta de Filosofia e Teologia, em Belo Horizonte. Pe. Almerindo é coautor da coleção “Deus Conosco” e do livro Quem é esse Jesus e autor da obra A missa – Conhecer para viver, também publicado pela Editora Vozes.
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