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  • Redação

Reflexão do Evangelho: Vimos a sua estrela e viemos adorá-lo! | Mt 2,1-12

Solenidade da Epifania do Senhor



Por Pe. Almerindo da Silveira Barbosa


Celebramos neste domingo a Solenidade da Epifania do Senhor. Deus se manifesta e revela sua gloria através de um menino, que é o Verbo encarnado. Na encarnação do Menino Jesus contemplamos o Plano que Deus tem para a humanidade.


Chama-nos a atenção a singeleza do texto evangélico, mas ao mesmo tempo mostra-nos como ele é provocativo. Gostaria de partilhar algumas intuições, vindas do meu coração, a partir de tantos elementos contidos no texto desta bonita solenidade.


Primeiro vimos que Jesus, o Rei dos reis não foi reconhecido por aqueles que tinham o poder ou pelos homens da lei, aqueles que sabiam ler as escrituras. Jesus é reconhecido e adorado por homens pagãos, que foram sensíveis aos sinais de Deus. Eles representam todos os povos, línguas e nações.


Outro elemento profundamente significativo é a atitude de Herodes. Diante da pergunta dos magos - “onde está o rei dos judeus que acaba de nascer? Nós vimos sua estrela no Oriente e viemos adorá-lo” - o rei fica perturbado, reúne os grandes da corte e discutem “onde o Messias deveria nascer”. Depois chama os magos em segredo para receber mais informações e pede a eles para que, quando encontrarem voltassem e contassem tudo para ele. Atitude de quem tem maldade no coração, de que planeja, detalhadamente, suas ações más.


O terceiro elemento importante no texto é a estrela. Os Reis magos, foram atraídos e guiados por ela. Chegaram à Belém e encontram o Menino Jesus. Ela pode ser símbolo da Luz de Jesus que, brilha para todos, mesmo os que estão mais distantes.


Ao chegarem em Belém os magos encontram Jesus ajoelharam diante Dele e lhe ofereceram presentes. Ouro, incenso e mirra. Ao dobrar o joelho diante de Jesus, reconhecem que ele era Deus. Por isso lhe oferece o que há de melhor, o ouro, que presenta a realeza de Jesus, o incenso, que era um presente oferecido exclusivamente aos sacerdotes, reforçando a divindade de Jesus e a mirra, que fazia referência ao sacrifício e ressurreição de Jesus. Eis mais elementos significativos e provocativos do texto para nossa reflexão.


Por fim, o texto termina dizendo que os magos foram avisados em sonho para não voltarem a Herodes, mas que regressassem para suas casas seguindo outro caminho. Primeiro temos a ação de Deus, que não desampara os seus. Mais cedo ou mais o bem sempre vencerá o mal. Segundo que, quem encontra Jesus Cristo muda de caminho. Toma outro rumo. Um caminho novo. Tem sua vida transformada.


Que, como os magos, tenhamos sensibilidade para percebermos os sinais de Deus em nossa vida. Ele nos fala e nos orienta para qual caminho devemos seguir. Basta escutá-lo e deixar que a luz de sua filho Jesus ilumine nossos passos para não desviarmos do seu caminho.


Ao iniciarmos mais um ano, tenhamos em nosso coração e em nossa mente, o propósito de oferecer o ouro da nossa vida, que são os nossos dons, talentos e carismas; o incenso, que é o nosso louvor e adoração, reconhecendo nele o Filho de Deus e a mirra, significando, a nossa luta do nosso dia a dia, nossos sofrimentos e nossas dificuldades, sabendo que Jesus acolhe todas as nossas ofertas, quando as fazemos com o coração aberto e cheio de amor.

 

Pe. Almerindo da Silveira Barbosa, formado em Filosofia e Teologia, pela Pontifícia Universidade Católica (PUC) de Minas Gerais, o colunista também possui especialização em Ensino Religioso, pela Faculdade do Noroeste de Minas (FINOM), e em Teologia Pastoral, realizada na Faculdade Jesuíta de Filosofia e Teologia, em Belo Horizonte. Pe. Almerindo é coautor da coleção “Deus Conosco” e do livro Quem é esse Jesus e autor da obra A missa – Conhecer para viver, também publicado pela Editora Vozes.

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