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  • Redação

Reflexão do Evangelho: A messe é grande, mas os trabalhadores são poucos | MT 9,36-10,8


O texto do evangelho desse domingo leva-nos a tomar consciência sobre a nossa missão de cristãos e as consequências práticas do seguimento. O texto começa relatando uma experiência interior de Jesus. Vendo a multidão cansada e abandonada, como ovelhas sem pastor, ele compadece-se. Compadecer é o mesmo que sentir compaixão, sentir o sofrimento do outro em sua própria vida.


Diante da realidade Jesus tem uma primeira reação, que é fazer um apelo vocacional. Ele convida seus discípulos para “pedir ao dono da messe que envie trabalhadores”, uma vez que “a messe é grande, mas os trabalhadores são poucos”. Diante da grande colheita é preciso pedir a Deus que envie mais operários para o trabalho missionário.

Logo após a atitude de compaixão e o convite aos seus discípulos à oração, Jesus chamou, individualmente, doze homens, convidando-os a assumirem a missão e anunciar aos filhos de Israel que “o Reino dos Céus está próximo”, dando-lhes a autoridade para desenvolver o trabalho na messe.


No texto do evangelho proclamado encontramos, portanto, dois momentos importantes e que, em nossa vida de batizados devemos observar para colocar em prática. Precisamos ter uma vida de oração, que nos aproxima de Deus, mas a oração precisa transformar-se em ação concreta. Jesus convida, primeiro, à oração, que é o essencial e, logo em seguida, ele responde às necessidades das pessoas com uma ação concreta, convidando pessoas para assumirem o trabalho para que a colheita não fique comprometida, diante da escassez de trabalhadores.


A última frase do evangelho é profundamente significativa. Jesus diz que “de graça o receberam, de graça devem oferecer”. Com isso ensina aos seus discípulos que eles receberam o próprio Cristo de graça. Então é Ele que os trabalhadores devem dar de graça àqueles que ainda não o tem. Não é essa nossa missão de batizados?


Por isso que o documento de Aparecida diz para nós, os discípulos de Jesus no momento atual, que, quem se encontra com Jesus Cristo não pode guardar para si a alegria sentida, mas deve partilhar com aqueles que ainda não tiveram o privilégio de experimentar essa alegria (cf Ap. 29).


Que possamos assumir nossa missão de batizados na gratuidade, com a consciência de que Jesus nos ofereceu a Si próprio unicamente por amor e, nós, devemos fazer o mesmo, levando o Evangelho a todas as pessoas como compromisso do trabalho missionário assumido pela graça batismal.



Pe. Almerindo da Silveira Barbosa, formado em Filosofia e Teologia, pela Pontifícia Universidade Católica (PUC) de Minas Gerais, o colunista também possui especialização em Ensino Religioso, pela Faculdade do Noroeste de Minas (FINOM), e em Teologia Pastoral, realizada na Faculdade Jesuíta de Filosofia e Teologia, em Belo Horizonte. Pe. Almerindo é coautor da coleção “Deus Conosco” e do livro Quem é esse Jesus e autor da obra A missa – Conhecer para viver, também publicado pela Editora Vozes.

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