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Reflexão do Evangelho: Os talentos recebidos e restituídos | Mt 25, 14-30

Por Pe. Almerindo da Silveira Barbosa

Jesus, mais uma vez, nos fala em parábola, dizendo que um senhor foi viajar e deixou os bens com seus servos. Ele apenas deixou. Não disse como deveriam usar, demostrando total confiança. Apenas apostou na fidelidade e na capacidade de cada um deles.


Os talentos foram entregues a três servos. Ao primeiro deu cinco talentos, ao segundo dois talentos e ao terceiro um talento. Cada um recebeu de acordo com sua capacidade. E, cada um, administrou conforme sua criatividade.


O servo que recebeu apenas um talento ficou com medo e escondeu-o. Por isso escutou do patrão, quando volta, que era um servo mau e preguiçoso. Os outros dois servos trabalharam os talentos e lucraram o dobro do que havia recebido. Quando o senhor voltou, recebem um elogio de serem bons e fiéis. São convidados a participar da alegria do patrão.


A parábola traz alguns ensinamentos para nós, chamando-nos a tomar consciência da nossa vida e nossa missão no mundo, observando os talentos que o Senhor nos confiou, fazendo-os multiplicar.


O senhor rico é Jesus que, antes de deixar o mundo para participar da glória eterna, nos deixou seus “bens”, que são seus ensinamentos. Agora cabe a cada um fazer com que esses “bens” sejam multiplicados, com suas ações e seu modo de agir no mundo.


O tempo de espera em que os talentos devem produzir frutos é o que passamos no mundo, como discípulos missionários do Reino. Enquanto peregrinamos somos chamados a fazer com que os talentos, que recebemos, produzam frutos, cresçam e se multipliquem.


Os servos são todos os membros da comunidade de fé, que pela graça do batismo foram chamados a multiplicar a graça que receberam, cumprindo o mandato de Jesus Cristo de irem pelo mundo todo e anunciar a Boa Nova do Reino dos Céus.


Assim, a comunidade de fé é chamada a se organizar, crescer e produzir frutos, enquanto o Senhor não está visivelmente presente. Ele veio ao mundo, deixou-o e deu-nos a missão de sermos continuadores da obra que iniciou. Quando voltar vai “exigir” de cada um o que fez com os talentos recebidos e quais frutos foram produzidos.


Portanto, cada um deve assumir seus compromissos, que receberam no dia do batismo e serem multiplicadores das riquezas de Deus. Nenhum tesouro de Cristo deve permanecer escondido, através de nossa vida.

 

Pe. Almerindo da Silveira Barbosa, formado em Filosofia e Teologia, pela Pontifícia Universidade Católica (PUC) de Minas Gerais, o colunista também possui especialização em Ensino Religioso, pela Faculdade do Noroeste de Minas (FINOM), e em Teologia Pastoral, realizada na Faculdade Jesuíta de Filosofia e Teologia, em Belo Horizonte. Pe. Almerindo é coautor da coleção “Deus Conosco” e do livro Quem é esse Jesus e autor da obra A missa – Conhecer para viver, também publicado pela Editora Vozes.

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