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  • Redação

Vocação matrimonial: os desafios e alegrias dessa jornada

Atualizado: 15 de ago. de 2019

No segundo domingo do mês de agosto, celebramos o Dia dos Pais. Mas, a data também marca outra comemoração importante no calendário da Igreja. É neste dia que homenageamos a vocação matrimonial.


O mês das vocações nos leva a refletir sobre a primeira e mais importante de todas: a vocação à vida cristã e à santidade! Somos vocacionados inicialmente à santidade e, quando nos dedicamos plenamente a ela, conseguimos alcançar nossa vocação pessoal.


Para conversar sobre matrimônio, o Blog da Catequese convidou a Carol e o Alessandro, de Petrópolis/RJ. Ambos são professores e pais do Bento, de dois anos. Em setembro, o casal completa oito anos de casados e compartilharam um pouco da sua história e conselhos.


Dá só uma olhada:


Blog da Catequese: Como começou a história do casal?


Carol: Pergunta difícil... rs. Na verdade, a pergunta é fácil. Difícil é resumir. Nós nos conhecemos na Paróquia de Santo Antônio, no bairro Alto da Serra (Petrópolis, Região Serrana do Rio de Janeiro). O Alessandro foi dar uma palestra e eu estava fazendo o encontro. Ele sentou para almoçar perto da minha prima, perguntou para ela sobre meu primo que estava morando em São Paulo. Disse que quando ele viesse a Petrópolis seria legal encontrá-lo, ir ao cinema. E me convidou para ir também... Acho que foi por educação (risos). Nesse dia não aconteceu nada e seria bem possível que nunca mais nos víssemos. Acontece que meu primo de São Paulo veio e o tal cinema aconteceu, meu primo insistiu para que eu fosse. Ao fim, ele precisava do e-mail do Alessandro e o único lugar para anotar era o meu celular. Na época, utilizávamos o MSN e eu resolvi adicioná-lo. Começamos a conversar. Primeiro pela internet e depois pessoalmente. Acabou que ele teve que se esforçar para mostrar que estava interessado em mim. Ele era legal com todo mundo e eu achava que apenas estava sendo legal comigo também.


BC: Como a pessoa sabe que possui a vocação ao matrimônio?


Carol e Alessandro: Creio que toda vocação é um chamado ao amor. Uma pergunta boa é: onde amarei mais? E isso de modo concreto, não abstrato. Creio que essa pergunta ajuda, mas não resolve. Numa conversa com um padre bem sábio, eu (Alessandro) ouvi que vocação é o desejo mais profundo do nosso coração. É isso mesmo, nosso desejo mais profundo é a vontade de Deus. Acontece que não costumamos nos conhecer tão bem. Então, é importante através da oração aprender a ouvir essa voz que está no nosso interior.


Além disso, um namoro bem vivido é algo que ajuda muito nesse discernimento. A convivência com o outro, o pensar se desejamos construir uma família com aquela pessoa... A experiência do namoro faz com que o casamento deixe de ser uma abstração e se torne uma possibilidade concreta. É diante de uma possibilidade concreta que temos condição de responder: nesse estado de vida terei condições de fazer e ser feliz?


Vale lembrar que casar dá medo. É uma mudança grande. Ainda mais para nossa geração que amadurece mais devagar. Só que o medo não pode nos travar. Ele não é sinal de que não existe vocação, mas de que o que somos chamados a viver é grandioso, bem maior que nós.


BC: Hoje em dia, quais os desafios que um casal enfrenta para construir uma família de acordo com a vontade de Deus?


Carol e Alessandro: Pensamos que é o egoísmo, cada um tentar viver para si. Um casamento sem entrega mútua não será bem vivido. É importante que cada um dos dois esteja de fato disposto a ouvir o outro, que se interesse pelas coisas do outro. Vivemos numa cultura onde o compromisso parece um fardo... Sendo assim, casar parece uma prisão e ter filhos um peso. E, na verdade, não é assim. A alegria que temos hoje é maior do que quando namorávamos. Isso não é porque somos perfeitos... Na verdade estamos longe de ser e qualquer pessoa que conviva com a gente irá perceber isso. A alegria é maior porque o tempo nos fez ter mais intimidade, porque melhoramos algumas coisas um pelo outro, porque o Bento faz com que experimentemos coisas que não sabíamos ser possíveis antes dele nascer.


BC: Para os jovens em discernimento, qual a dica para encontrar sua vocação?


Carol e Alessandro: Achamos que a primeira coisa é cultivar uma relação com Deus na oração, nos sacramentos, e na vida comunitária. Além disso, é importante se conhecer. Por vezes fazemos besteiras porque não sabemos quem somos, nossas virtudes e limites.


Um outro conselho é não ficar afobado para namorar. Uma "solteirice" bem vivida é o começo de um namoro bem vivido. E um namoro bem vivido é o começo de um casamento bem vivido. Nesse contexto, é importante levar o namoro a sério. Isso não significa que ela será algo duro, pesado. Não, não é isso. Mas que namorar não é apenas uma maneira de passar o tempo, que é mais que "beijar na boca". É um tempo de discernir juntos, se permaneceremos juntos na jornada da vida. Nesse sentido, um conselho importante também é não insistir em continuar quando já percebeu que é para terminar.


Pensamos que a vocação é algo que vamos amadurecendo na dinâmica da vida, de amor a Deus e ao próximo. Por isso é importante conviver com outras pessoas, estar inserido na comunidade cristã, estudar, trabalhar, cultivar seus hobbies... Viver a vida do modo mais pleno possível. E trazer essas experiências na oração. Se nos colocarmos diante de Deus de modo generoso, ele nos ajudará sempre a caminhar ao encontro de sua vontade, que no fim das contas é a nossa felicidade.


Carol, Alessandro e o pequeno Bento
Carol, Alessandro e o pequeno Bento

Uma mensagem para quem vive, ou quer viver, o matrimônio:


Bom, lembramos da frase do Scott Hahn (teólogo): "O matrimônio é impossível, por isso é um sacramento" (risos). É uma afirmação que parece um pouco pessimista, mas que, na verdade, quer dizer que nós recebemos uma graça toda especial para viver uma aventura que é das mais desafiantes, mas que é extremamente realizadora. No dia a dia da vida matrimonial não são poucos os desafios e dificuldades: as diferenças, os desafios financeiros, as doenças, cansaços e tristezas... Mas Deus nos confiou um ao outro para nos ajudarmos. E ele está sempre presente a nos auxiliar. Uma outra coisa que achamos muito importante para um casal (seja de namorados, seja já casados) é conversar. Conversar bastante e sobre tudo. É triste quando um casal não se conhece. É na conversa que ouvimos um ao outro, que rimos juntos, que pedimos perdão. A oração do casal será permitir que Deus esteja nessa conversa que já acontece entre os dois.


Para ler:



Em 2014, o Papa Francisco voltou a colocar o tema “Matrimônio e família” no centro da atenção eclesial. Nesta obra os autores contribuem, para um debate de atualidade, que apresenta os diversos desafios de uma pastoral matrimonial e familiar. O objetivo é abordar o tema dessa discussão, expor os problemas sobre o matrimônio e a família no mundo atual, e contribuir para uma melhor e mais profunda compreensão da doutrina da Igreja sobre o assunto.




Infelizmente o momento social atual leva as famílias a viverem como que desunidas no dia a dia. À noite, os pais estão em casa e os filhos estão nas faculdades. Isso, no entanto, não impede que todos rezem, mesmo que seja em momentos diferentes. Este pequeno manual pode ser útil a milhares de famílias, pertencentes a algum movimento familiar específico ou não, e pretende ajudar os pais e os filhos a rezarem e fazerem com que a família se torne uma pequena "Igreja doméstica".




O desejo de um lindo casamento é praticamente universal, pois a maioria das pessoas aspira sua autorrealização junto de outra pessoa, a fim de procriar e viver a experiência da maternidade ou da paternidade. Se esta é também a sua aspiração, aproveite e faça esta novena, escrita para que seus sonhos se transformem em realidade! Serão 9 dias, não de simples leitura, mas de oração, ouvindo alguém que entende de casamento e que tem poder de concretizá-lo, o milagroso Santo Antônio.




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