Entrevista especial em homenagem à vocação matrimonial – 2º Domingo do Mês das Vocações
- Redação
- há 11 minutos
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No 2º Domingo do Mês das Vocações, celebramos a vocação ao matrimônio, um chamado de Deus vivido no amor conjugal e familiar. O matrimônio é muito mais do que uma união afetiva: é uma missão de cuidado mútuo, crescimento espiritual e testemunho cristão. Nessa vocação, os esposos são convidados a formar uma “Igreja doméstica”, sendo presença viva do Evangelho no cotidiano da vida.
Entre os muitos serviços que nascem dessa entrega está a catequese, muitas vezes assumida por pais e mães que, além de educarem seus filhos na fé, ajudam a formar gerações inteiras em suas comunidades. São testemunhos silenciosos, mas profundos, de que a evangelização começa dentro de casa e se estende à paróquia e ao mundo.
Nesta entrevista especial, conversamos com um catequista que é também esposo e pai. Ele compartilha conosco como vive sua vocação matrimonial em comunhão com o serviço catequético, revelando que a família pode ser o primeiro e mais eficaz campo de missão.
Entrevista Vocacional — A missão de evangelizar com amor e em família
Conheça a entrevistada:

Roberta de Cássia Pereira Faria, 59 anos, é catequista desde 1994 e atua há 15 anos como Coordenadora Diocesana da Catequese na Diocese de Lins (SP), serviço que realiza ao lado do esposo, Marcos Antônio de Faria, com quem é casada há 39 anos.
Mãe de Leonardo Augusto e Líria Angélica, Roberta é membro da Paróquia Nossa Senhora Aparecida, em Promissão-SP, na Região Sul 1 (Sub-Região Botucatu). Sua caminhada na catequese é marcada pelo compromisso com a evangelização e pela vivência da fé em família.
Para ela, a vocação ao matrimônio fortalece a missão catequética ao oferecer, por meio do testemunho, um modelo de lar cristão. “Nosso testemunho de fé e amor é um incentivo para que outros casais se inspirem na formação de lares alicerçados nos valores e ensinamentos da Igreja. Isso me fortalece para continuar servindo como catequista e filha da Igreja”, afirma.
“Minha família é o primeiro campo de missão.”
Como a vocação ao matrimônio fortalece sua missão como catequista? Eu acredito que o nosso testemunho de fé e amor é um incentivo para que outros casais se inspirem na busca da formação de lares cristãos, alicerçados nos valores e ensinamentos da nossa igreja e esse é o motivo pelo qual, me sento fortalecida á continuar na caminhada da evangelização, como catequista e serva da igreja.
De que forma sua família participa ou influencia seu serviço na catequese? Minha família é o meu bem maior, o pilar fundamental na minha caminhada e creio que também, o motivo pelo qual busco cada dia mais e mais, testemunhar a importância da catequese familiar e o quanto é precioso a busca por princípios e exemplos de uma família forte e unida ,onde o centro é a fé num Deus vivo.
Quais os maiores desafios de conciliar vida familiar e serviço à Igreja? Eu acredito que os maiores desafios são conciliar as atividades familiares com as religiosas mas o amor e o diálogo e ,principalmente, O respeito mútuo, fazem com que caminhemos (sim, no plural, porque somos catequistas o esposo e eu),buscando os nossos objetivos ,que são evangelizar e levar o amor de Deus aos corações que ainda não o conhecem e propiciar o encontro com esse primeiro amor, experiência tão necessária para os nossos catequizandos.
Que importância tem a figura paterna na formação da fé dos filhos e dos catequizandos?
Os nossos filhos já são adultos e independentes, mas sempre que possível, como por exemplo, durante as refeições, quando temos a oportunidade de estarmos juntos, criamos momentos de partilha, orações e trocas de experiências de fé, vividas ao longo dos dias ,onde também, agradecemos por estarmos juntos ,em família ,nunca nos esquecendo que se somos essa família forte e unida , por estarmos alicerçados na fé e seguindo os ensinamentos da nossa igreja.
O que o motiva a continuar nesse serviço mesmo com tantos compromissos? Eu acredito que seja o grande desejo de aprofundamento na fé, crescimento espiritual e acima de tudo, poder compartilhar o amor de Deus. É poder ter uma experiência pessoal no amor de Deus, conhecer mais sobre nossa doutrina e tornar-me uma verdadeira discípula de Jesus Cristo.
Estar com os pequenos, jovens e até mesmo os adultos e poder dar o meu testemunho de fé, saber que estou mostrando á eles os caminhos do Senhor é o que me motiva á continuar na catequese... é um amor inexplicável ,mas que me preenche por total.
Neste domingo, rendemos graças a Deus pelos casais e famílias que assumem sua vocação com amor, generosidade e fé. Que o exemplo de tantos pais e mães catequistas continue a inspirar nossas comunidades a viver a fé de forma concreta e comprometida.
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