Por Pe. Almerindo da Silveira Barbosa
Celebramos, neste domingo, a Solenidade da Assunção de Nossa Senhora aos Céus. Por Maria nós nos encontramos com Jesus, a partir da Palavra. Através dela Deus nos fez conhecer seu mistério de amor, através da encarnação do seu Filho Jesus.
Do Evangelho desta bonita e importante solenidade, quero destacar algo profundamente significativo para nós, que foi o serviço marca característica na vida de Nossa Senhora. Ela foi a mulher que viveu para servir, que isso influenciou seu filho Jesus de tal maneira que, em um dos seus ensinamentos, Ele disse “eu vim para servir e não para ser servido”. Por isso somos chamados, nesta festa, a aprender com Maria a seguir seu Filho, Nosso Senhor.
Ao meditarmos o Evangelho proclamado vimos que Maria, assim que recebe a notícia de ela seria a mãe do Salvador, fica sabendo que sua parenta Isabel também está grávida. Com pressa ela segue o caminho, para colocar-se a serviço. Vai até a casa de Zacarias para se encontrar com aquela família, sabendo que estava necessitando de auxílio.
Ao entrar na casa e cumprimentar Isabel João Batista pula de alegria em seu ventre, porque, na verdade, ele se encontra com o próprio Deus, através do Menino Jesus no seio da virgem Maria. E, repleta do Espírito Santo Isabel grita de alegria, dizendo que Maria é bendita entre todas as mulheres, porque ela carrega o Bendito em sua vida.
Maria é bendita porque é aquela que gerou o Bendito. Ela é bem aventurada, porque trouxe em seu ventre o “Bem aventurado”, que encerra na sua pessoa todas as bem-aventuranças, conforme nos relata o Evangelho de São Mateus. O Deus da promessa é aquele que prometeu operar em Maria sua promessa.
O Senhor é grande e faz Maria em sua humildade proclamar que sua “alma engrandece o Senhor e seu espírito se alegra em Deus seu Salvador, porque Ele olhou para a humidade de sua serva”. Maria é humilde e pequena, porque o Grande nascerá dela. A pequena gerou o Todo Poderoso. A criatura gerou o criador de tudo. Tudo isso é que fará com que as gerações, de todos os tempos, reconhecerão o que Deus operou em Maria e a chamarão “Bem Aventurada”.
Que, ao celebrarmos a festa de Maria, como aquela que foi assumida por Deus, possamos aprender dela a seguir Jesus, sendo pessoas serviçais. O serviço deve ser a marca maior do cristão. Certamente a maior alegria de Nossa Senhora não foi ser a mãe do Filho de Deus, mas foi ser sua primeira seguidora, servindo-O através das pessoas. Essa deve ser nossa maior alegria e nossa maior marca.
Peçamos a Maria, Nossa Senhora da Assunção, que sejamos obedientes e, com seu Filho possamos merecer dela a intercessão materna sempre. Por isso lhe pedimos que rogue por nós pecadores, nos caminhos da vida e na hora de nossa morte. Amém!
Pe. Almerindo da Silveira Barbosa, formado em Filosofia e Teologia, pela Pontifícia Universidade Católica (PUC) de Minas Gerais, o colunista também possui especialização em Ensino Religioso, pela Faculdade do Noroeste de Minas (FINOM), e em Teologia Pastoral, realizada na Faculdade Jesuíta de Filosofia e Teologia, em Belo Horizonte. Pe. Almerindo é coautor da coleção “Deus Conosco” e do livro Quem é esse Jesus e autor da obra A missa – Conhecer para viver, também publicado pela Editora Vozes.
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