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Reflexão do Evangelho: Ninguém pode servir a dois senhores! | Lc 16,1-13

Redação

Por Pe. Almerindo da Silveira Barbosa


25º Domingo do Tempo Comum | Lc 16,1-13


Vivemos o 25º domingo do tempo comum. O Evangelho nos oferece uma parábola de difícil compreensão. Por isso não é tão simples de comunicá-la. Ela é de difícil compreensão, porque Jesus, aparentemente, faz um elogio a um homem corrupto e desonesto. É bem verdade que Ele parte da realidade. Corrupção sempre houve. Os corruptos são mais criativos do que os honestos. É, também, verdade que todas as pessoas querem ganhar dinheiro da forma mais fácil possível.


Para que possamos assimilar a parábola é preciso entender que ela foi dirigida aos discípulos, pessoas humildades, que se dispuseram a assumir Jesus como o senhor de suas vidas. Por isso, seu objetivo é deixar claro, aos mesmos, que não se pode servir a Deus e ao dinheiro, ao mesmo tempo.


A parábola, está dizendo que uma pessoa que se dispõe a servir a Deus, não pode viver na dependência do dinheiro, fazendo dele um fim em si mesmo. Ele deve ser apenas um meio. Deve estar a serviço da pessoa e não a pessoa se tornar sua escrava. Em outras palavras, os seguidores de Jesus precisam ter consciência do perigo que o uso do dinheiro, de forma desregrado, pode trazer à vida das pessoas.


O que o Evangelho nos oferece, como mensagem central, é que precisamos ter consciência de que, nossa vida aqui na terra é a construção de nossa morada no céu. Tudo o que fazermos aqui no mundo, por palavras, sentimentos e ações, repercutirão na nossa vida na eternidade, seja para o bem ou para o mal. Por isso não podemos deixar que o dinheiro seja o senhor de nossas vidas.


Quando Jesus diz no texto do Evangelho, “usai o dinheiro injusto para fazer amigos, pois quando, acabar, eles vos receberão nas moradas eternas,” ele quer nos ensinar que o dinheiro é um instrumento em nossas mãos. Ele pode nos levar para o céu, ou nos conduzir para a perdição.


Vejamos o que nos diz o versículo oito, ao dizer que o patrão elogiou o administrador desonesto. Jesus quer nos mostrar que, assim como somos espertos para “adquirir” nossas amizades aqui na terra com a riqueza que nós acumulamos, também podemos usá-la para garampear amigos que possam nos receber no céu.


Como reflexão deste Evangelho, somos convidados a pensar e perceber qual é a verdadeira função do dinheiro em nossa vida? Como temos empregado o dinheiro que possuímos? Ele é meio ou fim de nossa vida? Ele está nos levando à santificação ou à perdição? Como estamos administrando-o? Sabemos usufruir para o nosso proveito e partilhamos com nosso próximo, como se deve?


Que Jesus nos ajude, nos instrua e nos ilumine, para não sermos escravos do dinheiro e dos nossos bens, nesta sociedade com tantas injustiças e indiferenças sociais, mas saibamos usá-lo, para nossa santificação e de nosso próximo.

 

Pe. Almerindo da Silveira Barbosa, formado em Filosofia e Teologia, pela Pontifícia Universidade Católica (PUC) de Minas Gerais, o colunista também possui especialização em Ensino Religioso, pela Faculdade do Noroeste de Minas (FINOM), e em Teologia Pastoral, realizada na Faculdade Jesuíta de Filosofia e Teologia, em Belo Horizonte. Pe. Almerindo é coautor da coleção “Deus Conosco” e do livro Quem é esse Jesus e autor da obra A missa – Conhecer para viver, também publicado pela Editora Vozes.



 
 
 

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